Depois de longo período com nível de rejeição nas alturas e baixa popularidade, o governo de Edmilson Rodrigues, do Psol, parece ter encontrado um caminho de retomada. Pelo menos é o que apontam duas pesquisas eleitorais, as mais recentes da Doxa e da Paraná Pesquisas, em ambas, o mandatário municipal da capital aparece com seu índice de rejeição diminuído, inversamente proporcional ao aumento de sua aprovação.
Em linhas gerais, em qualquer pesquisa, o atual prefeito de Belém, aparece em um cenário ruim, colocando em risco o seu projeto de reeleição, mas, como dito, o “ruim anda melhorando”, ou seja, configura-se como menos pior. A questão é saber se tal retomada é momentânea ou veio para ficar? Tornando Edmilson, novamente, competitivo e com chances de ir ao segundo turno, o que já seria um feito histórico pelas circunstâncias políticas do momento.
Vamos aos fatos, o que está provocando essa retomada (mesmo que seja momentânea, torna-se importante para se manter no “jogo”)? De forma prática, a prefeitura de Belém saiu de sua letargia e colocou o “bloco na rua” através de diversas obras, em especial de asfaltamento e recuperação de vias. Com a proximidade do fim do inverno amazônico, a tendência é aumentar essas ações. Outra questão: o lixo, que havia se tornado o maior problema e responsável pela “queda livre” da gestão municipal na avaliação popular, parece ter sido amenizada (outro fato que será melhorado nos próximos meses). Além disso, Edmilson saiu da inércia em relação à organização da COP-30, que foi sequestrada por outro ente federativo, muito por conta da passividade do chefe do Executivo da capital.
Fechando a conta dos fatores favoráveis ao que chamo de retomada, está, sem duvida, melhora na comunicação institucional da prefeitura, neste caso, o Comus (Coordenadoria de Comunicação Social), que melhorou consideravelmente sua qualidade, refletindo em melhor entendimento e aceitação por parte da população.
A recente estada de Edmilson Rodrigues em Brasília para tratar da COP-30, foi uma demonstração clara dessa retomada da gestão municipal em relação às ações preparatórias à conferência global. Além disso, aproveitando a presença na capital federal, o alcaide de Belém tratou, é claro, de sua reeleição que conta até onde consta, com o apoio do Palácio do Planalto, em um acordo firmado em 2022.
Fator Puty
Um dos maiores responsáveis por essa retomada de popularidade da gestão Edmilson é, justamente, o ex-deputado federal Cláudio Puty, que atualmente é secretário municipal de planejamento, e que recentemente tomou à frente dos assuntos relacionados à COP-30. O que se fala é que o citado vem imprimindo sob às ordens do prefeito, uma intensa agenda e cuidando pessoalmente das ações do evento global. Puty, indiscutivelmente, é competente. Sabe como poucos planejar e executar ações. Com ele à frente das ações da COP por parte da prefeitura, espera-se maior agilidade na entrega de obras e serviços. A tendência é que a gestão municipal da capital melhore os seus índices de aprovação e, por tabela, baixe sua rejeição.
Edmilson não está morto politicamente. Se colocou – pelo visto – de volta ao jogo.
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