Pará têm dois dos cinco maiores senadores gastadores do Brasil

Em mais um levantamento feito de forma exclusiva pelo Blog do Branco em relação às finanças públicas, tendo como base os números do site “Vem pra Rua”, descobriu-se que, entre os componentes da bancada paraense no Senado Federal, composta pelos parlamentares: Jader Barbalho (MDB), Paulo Rocha (PT) e Zequinha Marinho (PL), os dois últimos constam entre os cinco maiores gastadores da Câmara Alta em um ranking nacional.

O petista aparece em terceiro entre todos os 81 senadores, só perdendo para Telmário Mota (PROS) e Mecias de Jesus (Republicanos), ambos de Roraima. Rocha gastou de janeiro até o dia que antecedeu ao fechamento desta matéria (14/12), cerca de R$ 944.662.00. Em quinto lugar no ranking geral, aparece o senador paraense Zequinha Marinho (PL) que gerou uma despesa (tendo como base o mesmo período analisado de Paulo Rocha) que chegou a R$ 878.541.oo.

Vale lembrar que, os gastos apontados segue as despesas referentes às seguintes categorias: alimentação, aquisição ou locação de software e serviços postais, assinatura de publicações, combustíveis e lubrificantes, consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos, divulgação de atividade parlamentar, emissão de bilhete aéreo, hospedagem, locação de veículos ou fretamento de embarcações, locação ou fretamento de aeronaves ou/e automóveis, manutenção de escritório de apoio, material de expediente, serviços de segurança, serviço de táxi, pedágio e estacionamento.

O outro senador paraense, Jader Barbalho, do MDB, não apareceu nem entre os 20 maiores “gastadores” do Senado Federal.

Salário de um Senador

O salário de um senador no Brasil é o mesmo que o de um deputado federal e é maior que o do presidente da república, do vice-presidente e dos ministros de estado. Pesquisa internacional aponta que seu valor é um dos mais altos pagos a parlamentares em todo o mundo: R$ 33.763.

Segundo informações levantadas no site do Senado Federal, há ainda alguns benefícios, veja:

Auxílio-moradia: o Senado tem 72 imóveis residenciais para os senadores em exercício do mandato. Aquele senador que não consegue um desses imóveis, ou não o quer, recebe, a título de auxílio-moradia, por mês, R$ 5.500.

Cota para exercício da atividade parlamentar (CEAP), para pagamento de serviços postais, hospedagem, manutenção de escritório, combustível, passagens aéreas etc. A CEAP é um reembolso e o saldo que o senador não utiliza se acumula, de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. O site do Senado passa anos sem atualizar informações da CEAP, mas estima-se que estejam sendo pagos a cada senador, por mês, de R$ 30.000 a R$ 50,000.

Auxílio-saúde: o senador, cônjuge e dependentes até 33 anos usam gratuitamente o serviço médico do Senado e são reembolsados de toda despesa de internação em hospital de qualquer lugar do país. Ex-senador também tem seu direito ao auxílio-saúde. Despesas com dentista e psicoterapeuta são limitadas a R$ 26.000 anuais, mas as outras despesas médicas são sem limite.

Contratação de pessoal: não há verba especial para gabinete, mas cada senador pode escolher até 11 pessoas para cargos comissionados, além dos seis efetivos que já há em cada gabinete. Estima-se que, com isso, o Senado gaste, para cada senador, mensalmente, R$ 82.000.

Outros: para repor despesas de mudança, o senador recebe verba extra de um salário, uma vez no começo e outra no fim do mandato (2 x R$ 33.763).

Imagem: Belém Notícias. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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