Marabá: a possibilidade de greve geral e as eleições

Na manhã de ontem, 23, servidores municipais de Marabá resolveram paralisar por algumas horas a via mais importante do citado município: a rodovia Transamazônica (BR-230), no trecho que passa em frente a Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas – SEVOP, local em que o prefeito Tião Miranda (PSD) mantém até hoje o seu gabinete.

Segundo informações colhidas pelo Blog do Branco, os servidores reivindicam aumento no vale alimentação, redução de carga-horária, adequação de escala e reajuste nos valores dos plantões. A paralisação de ontem ocorreu pelo não cumprimento do acordo firmado com as categorias que atuam nas áreas de Saúde, Educação e na Administração municipal. Todavia, a expectativa é que outras categorias possam aderir nos próximos dias e a gestão de Miranda possa enfrentar uma greve geral dos servidores municipais.

Fontes do Blog do Branco contam que Tião Miranda começa a pagar uma conta cara por ser altamente centralizador, não dividir funções, pois tudo tem que passar por ele. Um dos motivos que faz o mandatário marabaense manter o seu gabinete em uma das secretarias municipais é de não ser muito adepto a receber pessoas, deixando essa função ao seu chefe de gabinete Walmor Costa, que sabe-se pelos quatro cantos da cidade, não manda nada.

Pré-candidatura do Filho

Como é sabido, Tião Miranda costurou politicamente a pré-candidatura de seu filho, Thiago Miranda, do MDB, ao parlamento estadual. O mandatário municipal achou que transferiria sua popularidade por inércia ao filho caçula, com a a chancela automática da Câmara dos Vereadores. Nenhum dos dois pontos aconteceu até o momento. Thiago não empolga o eleitorado marabaense; sua nomeação pelo próprio pai para ser secretário de Esportes, não foi bem vista pela população. Somado a isso, a ampla maioria dos parlamentares não irá apoiar o filho do prefeito. O presidente do Poder Legislativo, Pedro Corrêa (União Brasil) puxa o “bonde” dos que não irão apoiar Thiago.

Fontes contam ao Blog do Branco que o índice de popularidade de Miranda não é mais o mesmo da gestão passada e há, claramente um desgaste com o Poder Legislativo e a sociedade de modo geral. É nessa condição não tão favorável que a pré-candidatura de Thiago Miranda para a Assembleia Legislativa se apresenta. Tião quer o filho eleito deputado para sucedê-lo na Prefeitura, em 2024.

De olho em tudo isso está o deputado estadual Chamonzinho (MDB) que, segundo fontes do Blog na cidade à beira do rio Tocantins, firmou acordo de apoiar Corrêa para prefeito, em 2024. A dinastia Miranda em Marabá não empolga como antes.

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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