Parauapebas: poucas propostas, muitas baixarias

O título deste texto resume bem o atual momento em que se encontra a disputa eleitoral majoritária em Parauapebas. Cinco candidatos passaram no crivo das coligações, nos acordos fechados em última hora e estão disputando um dos maiores orçamentos públicos do norte do Brasil, o terceiro do Pará. Em meio ao referido processo a chamada “capital do minério” vive preocupante crise econômica, mais uma cíclica do seu modelo econômico, agora com maior perversidade. Os números oficiais, a maioria mensurada por instituições nacionais confirma tal cenário penoso no referido município.

Em meio ao processo eleitoral que decidirá quem governará a “capital do minério” pelos próximos quatro anos estão a missão ao novo ou atual gestor que disputa à reeleição, buscar alternativas para amenizar os problemas e as dificuldades que ainda possam acontecer. Neste momento é fundamental entender, conhecer e analisar as propostas de cada um dos candidatos ao Palácio do Morro dos Ventos. Quais alternativas para enfrentar a atual crise em Parauapebas? Como retomar o crescimento econômico? Como diminuir o desemprego em curto prazo? Como iniciar – de fato – a implantação de ações de mudança da matriz econômica da cadeia mineral, especialmente do ferro?

Todos esses questionamentos precisam serem feitos à exaustão. Precisam virar um mantra público, configurar no imaginário popular. Mas na prática, a realidade é outra. O debate de ideias não existe. O processo eleitoral se resume aos ataques mútuos, de todas as ordens, como em um faroeste, em que se mata para viver ou se atira a esmo. Neste desserviço à cidade estão: ataques pessoais, à honra e ainda com manipulação de dados e documentos. Dessa forma, estamos perdendo uma grande oportunidade de promover um amplo debate sobre o futuro de Parauapebas, cada vez mais preocupante.

Entre os postulantes ao cargo de maior importância no município, o atual prefeito Valmir Mariano e o ex-prefeito Darci Lermen travam o maior embate, não de ideias como deveria ser, mais de ataques mútuos. Esse autofagismo pode ter um preço para ambos e para cidade que carece de um debate de melhor nível, frente aos seus problemas atuais e com desdobramentos futuros.

Quais as propostas, por exemplo, que atual gestão que buscar continuar no poder, planeja para a cidade nos próximos quatro anos? No jargão político parece se resumir a continuar o que está sendo feito. Isso será capaz de mudar o cenário econômico, ou pelo menos, amenizar a crise? Creio que não. E Darci, o que propõe? Em que a sua futura possível gestão poderá fazer diferente, melhor do que atual? Ou será o mais do mesmo?

Marcelo Catalão já aparece em algumas pesquisas em segundo lugar, desbancando da vice-liderança o prefeito Valmir, se apresenta como o novo, a mudança e a ferramenta que poderá alavancar o desenvolvimento da cidade. Mas as pretensões se resumem ao discurso, a pretensões superficiais. Nada muito prático ou que tenha o reconhecimento como um grande projeto em prol da cidade ou que busque gradativamente mudar o seu tenebroso cenário atual e futuro. Inteligentemente, Catalão, não entra no jogo de ataques, pelo menos de forma explicita. Fica de fora acompanhando o autofagismo entre Darci e Valmir, buscando tirar votos de ambos neste faroeste.

E desta forma, desta improdutiva maneira, no que diz respeito à disputa eleitoral que Parauapebas vive e passará por mais uma eleição, buscando e esperando dias melhores, já que o recente passado de pujança econômica que a “capital do minério” viveu, dificilmente voltará aos mesmos patamares. Parauapebas precisa de mais propostas, mais ideias, mais ações estratégicas e menos politicagem.

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