Com a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) das disputas eleitorais como candidato até 2030, caberá agora ao próprio e aos mais próximos começarem a construir um nome forte para a eleição presidencial de 2026. Na lista, de forma mais direta, consta alguns: ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, os governadores Romeu Zuma (Novo) de Minas Gerais e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, como as opções mais citadas.
Pelo preparo e por governar a segunda maior máquina pública do país, Freitas desponta como favorito. Consegue, por exemplo, transitar entre a Direita mais radical, chamada de “Bolsonarismo raiz” e um campo mais centrista, ocupado por conservadores e liberais, digamos, menos, arredios.
De todo modo, a oposição precisa definir um nome e projetá-lo nacionalmente. A Bolsonaro, inelegível, como dito em outro artigo, caberá ser um cabo eleitoral, com força esperada ou não. De todo modo, o Bolsonarismo seguirá sem o seu principal líder, que terá um papel cada vez mais secundário, todavia, ainda importante.
Como estratégia política, cabe aos articuladores deste campo ideológico, buscarem caminhar mais para o Centro, saindo mais da borda, das extremidades. O eleitorado mais radical não passa de 30%, e ficou claro – apesar do resultado na eleição presidencial ter sido apertado – que esse segmento não é capaz de eleger um presidente, sem conversar com outros grupos.
A questão é que terá um nome, um sucessor de consenso? Ou poderá ocorrer rachas e outras candidaturas do campo político à Direita? Bolsonaro precisa definir o quanto antes que será o seu sucessor e trabalhar uma convergência em torno do nome. Caso contrário, não terá chances em 2026. Quem pegará o bastão Bolsonarista?
Imagem: reprodução Internet.