Governo Darci Lermen. O que esperar para 2019: uma nova gestão ou continuísmo perverso?

Os assessores do prefeito Darci Lermen iniciaram a campanha de convencimento do público pelas redes sociais. A narrativa é a de que o ano de 2019 será muito positivo em relação ao trabalho da atual gestão. Disparam notícias a todo momento em uma grande corrente, buscando persuadir que o governo planejou para o próximo ano. Listam, por exemplo, – e com ênfase – as esperadas obras estruturantes, que segundo a narrativa poderão proporcionar um grande salto na qualidade de vida de milhares de parauapebenses, promovendo, por exemplo, um índice de 60% de atendimento da rede de saneamento básico do município.

Darci Lermen de sua confortável cadeira no centro do seu espaçoso e aconchegante gabinete, sabe que a sua gestão que está chegando a metade do tempo total de mandato, ficou aquém do esperado (ou para outros críticos, está exatamente como poderia se esperar). A aguardada reforma administrativa que poderá  – pelo menos na teoria – oxigenar a gestão ainda não ocorreu e nem se sabe quando ou se até mesmo se ocorrerá como se espera. A gestão é ainda tomada por grupos internos, quase subprefeituras, que mantém interesses distintos, dificultando a política macro de articulação de ações, o que é comprovado pelo nível da inércia administrativa que impressiona nesses 23 meses de governo.

O que fará a gestão Lermen em 2019? Finalmente colocará em prática as volumosas promessas de campanha? A oportunidade tão propagada no período eleitoral; até o presente não passou de retórica oportunista de campanha, que funcionou bem, pois ganhou a maioria das mentes e corações, tornando Darci Lermen pela terceira vez, prefeito da capital do minério.

Lermen é um articulador político como poucos. Se é gestor? Isso é outra história; e a prática mostra isso da pior forma possível para a infelicidade da maioria dos parauapebenses. Conforme dito em outros textos, o “tempo” de Darci é outro, diferente do nosso, ou daquele que possamos achar o correto. A reforma administrativa se faz necessária, mas o mandatário a fará ao seu modo, à sua maneira. Lermen odeia pressão, e as trocas ocorrerão em doses homeopáticas, da forma mais natural possível. Darci analisa cada movimento do tabuleiro político de Parauapebas. Para a sua sorte – e talvez para a desgraça de milhares cidadãos deste município – neste momento não se aponta no horizonte um nome que possa rivalizar politicamente com o atual prefeito. A oposição (se é que podemos enquadrar desta forma pelo alto nível de fisiologismo que é praticado por muitos que a compõe) é dividida em dois grupos: os que estão “cooptados” pelo mandatário municipal e os que estão brigando entre si, promovendo um autofagismo que provoca risadas e até certo alívio ao Palácio do Morro dos Ventos.

Ainda há tempo, tudo pode mudar. O prefeito Darci terá dois anos para modificar a arranhada imagem de sua gestão, a terceira, e talvez, caminhando para a quarta. Já são 3621 dias sentado na cadeira mais importante de Parauapebas, o rico município pobre. Qual o legado?

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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