PSDB 35 anos: passado, presente e os desafios do futuro

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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) completou no último domingo, 35 anos de fundação. Partido que surgiu da divisão interna do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 1985, após o processo de redemocratização. O PSDB foi criado originalmente com o objetivo de representar a social democracia no Brasil. Entre as principais propostas originais do partido, encontram-se o enxugamento da máquina pública, a instituição do parlamentarismo no plano político e uma economia de mercado regulada pelo Estado, com participação mais livre das empresas privadas e de investidores internacionais. Tem status de observador na Organização Democrata Cristã da América.

Em poucos anos assumia a Presidência da República, quando venceu com Fernando Henrique Cardoso a eleição de 1994. O êxito eleitoral tucano nas eleições gerais do citado ano, após FHC ter assumido o Ministério da Fazenda no governo Itamar Franco, e ter formulado com uma competente equipe um arcabouço fiscal-financeiro que culminou em um plano de estabilização econômica, com base no Plano Real, que nasceu com a moeda forte, com paridade em relação ao dólar.

Ao longo do mandato presidencial tucano, o crescimento da economia brasileira foi de 2,3% ao ano. Ocorreram inúmeras privatizações que precederam a modernização de diversos setores antes controlados pelo Estado, como as telecomunicações. No governo FHC foi atingido o fim da hiperinflação (que, antes de seu governo, chegou a ter períodos com 6 000% ao ano), obtendo-se assim a estabilidade monetária. Houve a criação de programas sociais pioneiros, como o Bolsa-escola, o Auxílio-gás e o Bolsa-alimentação (posteriormente juntados em um só programa, o Bolsa Família, pelo Governo Lula), além do início da reforma do Estado, com a implantação, por exemplo, do Ministério da Defesa, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU). A implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal foi um marco na regulação do uso de verbas públicas em todos os níveis administrativos do país.

Com a força política de Lula e certo desgaste, o PSDB perde a eleição presidencial de 2022, indo para a oposição e se mantendo nela por longos 14 anos. Após a derrota política de 2014, o partido iniciou o processo de queda partidária em nível nacional. A ascensão do Bolsonarismo foi o principal processo de deslocamento do PSDB, o retirando do embate direto com o PT. O partido esteve na base do Governo Temer e ficou o primeiro ano do Governo Bolsonaro, voltando para a oposição ao fim de 2019. No atual governo, os tucanos se mantém na oposição, a fazendo de forma pragmática e com responsabilidade.

Atualmente, o PSDB conta com três governadores: Eduardo Riedel (MS), Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS), este último presidente nacional da legenda; três senadores: Plínio Valério (AM), Izalci Lucas (DF) e Alessandro Vieira (SE) e quatorze deputados federais. 

Notadamente, há um esforço para que a legenda volte ao seu protagonismo nacional de outrora. A musculatura política tucana é grande, é o terceiro maior partido do Brasil. Precisa se recolocar no tabuleiro político, o que não deixa de ser uma missão difícil pela forte polarização vivida no país entre PT e Bolsonarismo, hoje representado pelo PL.

PSDB paraense

Após a terceira passagem do ex-governador Simão Jatene pelo governo do Pará, o PSDB paraense passou por um processo de reenquadramento político, sob o comando de Nilson Pinto, a legenda compõe a base do governo de Helder (MDB), deixando no passado décadas de disputas políticas com os Barbalho. O foco do partido agora é conquistar diversas prefeituras pelo Pará na eleição do próximo ano. Em Parauapebas, o ninho tucano, está sob nova direção. A advogada Érica Ribeiro, esposa do presidente da Câmara Municipal, Rafael Ribeiro, do MDB, e montou um importante time, uma Executiva que lhe permitirá promover grandes ações, visando às eleições do próximo ano.

Imagem: Poder 360. 

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