Rússia x Ucrânia: guerra sem previsão de término

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Já se passaram seis meses desde que a Rússia invadiu a Ucrânia com a autorização do presidente russo, Vladimir Putin, e algumas questões que envolvem a geopolítica internacional podem ser determinantes para o futuro do conflito. O que era “operação militar especial” na região de Donbass, no Leste da Ucrânia, virou um conflito em quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

Desde 24 de fevereiro, 5.587 civis foram registrados como mortos e 7.890 feridos, embora as baixas reais sejam muito maiores, disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na segunda-feira (22). Já o chefe das forças armadas da Ucrânia, general Valeriy Zaluzhnyi, disse na segunda-feira (22) que cerca de 9.000 militares ucranianos foram mortos na guerra, o primeiro número de mortos fornecido pelo alto escalão militar desde a invasão.

A tensão no leste da Ucrânia, no entanto, começou em 2014, depois que um presidente pró-Rússia foi derrubado na Revolução Maidan da Ucrânia e a Rússia anexou a Crimeia, com forças apoiadas pela Rússia lutando contra as forças armadas da Ucrânia. Após a invasão em 2022, os países do Ocidente e a União Europeia (UE) aplicaram uma série de sanções aos russos — que segundo Putin, está provocando uma crise global. E a Rússia respondeu ameaçando cortar o fornecimento de gás aos países europeus. À medida que o conflito se estende e o futuro fica incerto.

Sanções à Rússia

Desde o início da do conflito, países do Ocidente e da Europa sancionaram a Rússia em diversas áreas. A invasão e as sanções ocidentais levaram a aumentos acentuados nos preços de fertilizantes, trigo, metais e energia, alimentando uma crise alimentar e uma onda inflacionária que está atingindo a economia global. Assim, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços internacionais do petróleo atingiram seus níveis mais altos desde os registros de 2008.

Demanda de gás

Os países da União Europeia (UE) fazem um movimento que tenta suavizar o plano do bloco de exigir uma diminuição da demanda de gás, à medida que a Europa se prepara para um fornecimento incerto de gás russo durante o inverno no Hemisfério Norte.

No final de julho, a Comissão Europeia propôs que os 27 estados membros da UE reduzissem seu uso de gás em 15% entre os meses de agosto e março de 2023. A meta seria voluntária, mas a Comissão poderia torná-la obrigatória em caso de emergência de abastecimento de gás.

Para parâmetro, a Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo depois da Arábia Saudita e o principal fornecedor de gás para a Europa. Depois que a Rússia cortou os fluxos através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha, os preços do gás no atacado dispararam na Europa. Um corte completo levaria a zona do euro a uma recessão, com fortes contrações tanto na Alemanha quanto na Itália.

Questões de logística e custos social e econômico guerra

Com a guerra “longe de acabar”, como dizem os especialistas, os países começam a sentir os preços dos conflitos. Na última atualização, feita no dia 23 de agosto, mais de 6,6 milhões de refugiados da Ucrânia registrados em toda a Europa, com os maiores números na Polônia, Rússia e Alemanha, segundo dados da agência da ONU.

Apesar do apoio recebido na Ucrânia, com os Estados Unidos fornecendo cerca de US$ 8,5 bilhões em assistência de segurança desde 24 de fevereiro, além de armamento incluindo sistemas antiaéreos, equipamentos de proteção química, biológica, radiológica e nuclear, os impactos econômicos e sociais são muitos.

Com informações da CNN Brasil – via Reuters (Adaptado pelo Blog do Branco). 

Imagem: Olhar Digital. 

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