Rússia x Ucrânia: um ano de guerra

Hoje, 24, completa-se, infelizmente, um ano do conflito entre Rússia e Ucrânia, que trouxe diversas consequências ao mundo, especialmente sob o ponto de vista econômico. Lembro-me bem, eram quase 23 horas (horário de Brasília), quando os primeiros misseis russos atingiram a costa leste ucraniana. O presidente Vladimir Putin fez um discurso à nação, informando que o conflito era inevitável, e que iria invadir a Ucrânia, o que foi feito nas horas seguintes.

Nas primeiras horas desta manhã no Brasil; tarde na área do conflito por conta do fuso horário, os telejornais via seus correspondentes na região, mostravam bombardeios em diversas cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev. Portanto, as tropas russas não ficaram restritas as regiões dominadas por grupos separatistas, que foram inclusive, reconhecidas há três dias como independentes por Moscou.

Entenda o conflito

A tensão no leste da Ucrânia, no entanto, começou em 2014, depois que um presidente pró-Rússia foi derrubado na Revolução Maidan da Ucrânia e a Rússia anexou a Crimeia, com forças apoiadas pela Rússia lutando contra as forças armadas da Ucrânia. Após a invasão em 2022, os países do Ocidente e a União Europeia (UE) aplicaram uma série de sanções aos russos — que segundo Putin, está provocando uma crise global. E a Rússia respondeu ameaçando cortar o fornecimento de gás aos países europeus. À medida que o conflito se estende e o futuro fica incerto.

A Rússia há muito resiste ao movimento da Ucrânia de aproximação das instituições europeias, tanto a Otan quanto a União Europeia. Agora, Putin afirmou que a Ucrânia é uma marionete do Ocidente e nunca foi um Estado adequado. Ele exige garantias de que a Ucrânia não se juntará à Otan, uma aliança militar de 30 países, e para que a Ucrânia se desmilitarize e se torne um Estado neutro.

Como ex-república soviética, a Ucrânia tem profundos laços sociais e culturais com a Rússia, e o idioma russo é amplamente falado lá. Em 2014, a Rússia assumiu o controle do território ucraniano na Crimeia e apoiou as forças separatistas que lutavam nas regiões de Donbas e Luhansk.

O conflito completa um ano sem vencedores. A Ucrânia ainda resiste pelo fato de sempre ter recebido ajuda militar de outros países, em especial os Estados Unidos, o que permite a mesma manter-se firme na manutenção da guerra, apesar das baixas humanas e de infraestrutura. Por outro lado, a demora na resolução do conflito não passa, necessariamente, pelo fato dos russos não terem capacidade de destruir o inimigo, mas por conta que a manutenção do conflito faz com que Putin tenha a capacidade de negociar com a Europa e os Estados Unidos.

Os novos desdobramentos apontam para uma possível negociação entre as partes. Todavia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não parece se mover no sentido da paz. Se promove através do conflito. A questão é que a comunidade internacional está cansada de uma guerra que parece não mais fazer sentido, o que torna a sua manutenção algo indefensável.

Um ano depois, continuamos assistindo um ensaio russo e um oportunismo ucraniano.

Imagem: reprodução Internet. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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