Em mais um levantamento feito de forma exclusiva pelo Blog do Branco em relação às finanças públicas, tendo como base os números disponibilizados pelo Senado Federal, descobriu-se que, entre os componentes da bancada paraense, composta pelos parlamentares: Jader Barbalho (MDB), Beto Faro (PT) e Zequinha Marinho (PL), este último é o 11º mais gastador do mês de fevereiro entre todos os 81 parlamentares.
O senador Jader aparece em 18º no ranking geral, tornando-se o segundo que mais gastou recursos públicos da bancada paraense. O menos “gastador” é Beto Faro, que aparece em 13º no ranking dos menos gastadores. Se colocarmos em um ranking geral, o petista estaria em 68º parlamentar do Senado que menos usou recurso público.
Em dezembro último, o Blog do Branco fez levantamento sobre os gastos dos senadores paraenses. À época, Jader Barbalho e Zequinha Marinho constavam como entre os cinco maiores senadores do Brasil em volume de gastos públicos. Vale lembrar que o mês em análise é extremamente curto no que diz respeito ao exercício parlamentar, com o expediente iniciando no dia 15 e, logo em seguida, interrompido por conta de feriado prolongado. Por isso, os gastos terão volume menores dos que os próximos meses e levantamento deste veículo.
Natureza dos gastos
Entre os três senadores paraenses, como dito, Zequinha Marinho é o mais “gastador. O uso de recursos públicos em poucos dias de mandato parlamentar, somou R$ 34.012,24, dividido da seguinte forma: passagens áreas e/ou terrestres que somaram: R$ 21.553,24, o maior gasto do montante; seguido por manutenção de imóvel de escritório político: R$ 9.559,06; alimentação, hospedagem e combustível: R$ 2.424,24. Por último: despesas de escritório político.
Já o senador Jader Barbalho, usou toda a sua cota parlamentar registrada em fevereiro em consultorias, pesquisas e outros serviços. O comprovante de gasto, via Nota Fiscal emitida para Bora Agência de Publicidade e Propaganda LTDA, no valor de R$ 25 mil.
Beto Faro, o menos gastador entre os três senadores da bancada paraense no Senado, utilizou de sua cota parlamentar o valor de R$ 6.329,43, em passagens aéreas, terrestres e/ou aquáticas.
Salário de um Senador
O salário de um senador no Brasil é o mesmo que o de um deputado federal e é maior que o do presidente da república, do vice-presidente e dos ministros de estado. Atualmente está em R$ 39.293,32 (reajustado desde o primeiro dia do ano corrente).
Segundo informações levantadas no site do Senado Federal, há ainda alguns benefícios, veja:
Auxílio-moradia: o Senado tem 72 imóveis residenciais para os senadores em exercício do mandato. Aquele senador que não consegue um desses imóveis, ou não o quer, recebe, a título de auxílio-moradia, por mês, R$ 5.500.
Cota para exercício da atividade parlamentar (CEAP), para pagamento de serviços postais, hospedagem, manutenção de escritório, combustível, passagens aéreas etc. A CEAP é um reembolso e o saldo que o senador não utiliza se acumula, de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. O site do Senado passa anos sem atualizar informações da CEAP, mas estima-se que estejam sendo pagos a cada senador, por mês, de R$ 30.000 a R$ 50,000.
Auxílio-saúde: o senador, cônjuge e dependentes até 33 anos usam gratuitamente o serviço médico do Senado e são reembolsados de toda despesa de internação em hospital de qualquer lugar do país. Ex-senador também tem seu direito ao auxílio-saúde. Despesas com dentista e psicoterapeuta são limitadas a R$ 26.000 anuais, mas as outras despesas médicas são sem limite.
Contratação de pessoal: não há verba especial para gabinete, mas cada senador pode escolher até 11 pessoas para cargos comissionados, além dos seis efetivos que já há em cada gabinete. Estima-se que, com isso, o Senado gaste, para cada senador, mensalmente, R$ 82.000.
Outros: para repor despesas de mudança, o senador recebe verba extra de um salário, uma vez no começo e outra no fim do mandato (2 x R$ 39.293,32).
No início do próximo mês, o Blog do Branco divulgará o ranking de março, que apresentará uma média de gastos bem maior do que o apresentado nesta matéria.
Imagem: Amazônia On Line.