Um mês do governo “Presente”

Na última sexta-feira (31), completou um mês do governo de Helder Barbalho, que usa desde a campanha o jargão o termo “Presente”. Passados 30 dias, já se pode ter – mesmo em nível superficial – um perfil de como se comportará a nova gestão estadual. Inevitavelmente, tudo está se “acomodando”, secretários arrumando os seus espaços, definindo suas agendas e a máquina pública se organizando.

Nesse primeiro mês, não houve nenhuma denúncia ou qualquer crise com nenhum integrante do primeiro escalão, que – diga-se de passagem – foi montado com elogiável índice técnico, conforme prometido pelo próprio governador. As indicações políticas inevitavelmente vieram, como não poderia ser diferente, mas ficaram concentradas em postos menos importantes da gestão, como em alguns órgãos do 2º escalão da máquina pública. Casos pontuais de indicação meramente política ao grupo de secretariados ocorreram. Nesse ponto, Helder acertou em montar um “time” que, pelo menos na teoria, é competente; resta saber se isso será transferido para a prática.

Em termos “internos”, o primeiro mês passou ileso. Sabe-se que, os desafios que a nova gestão terá serão complexos, sobretudo na área da segurança pública (apesar dos números – em comparação com o mesmo período do ano passado – terem caído, ainda são altos, especialmente quando se aborda o índice de policiais que foram mortos nesse atual período); as centenas de obras inacabadas espalhadas pelo território paraense e o rombo fiscal bilionário deixado pelo governo anterior, deverão criar entraves no decorrer da gestão.

Como adiantado em alguns textos pelo blog, o primeiro ano será muito difícil. Helder começará – de fato – a cumprir as promessas de campanha nos últimos três anos; mais à frente, a partir do próximo ano, quando o orçamento e seus investimentos já estarão sob total controle da atual gestão. A ordem para o ano corrente é controlar gastos e reduzir ao máximo o rombo fiscal, para que se possa implementar uma ampla agenda de investimentos e ações.

Nesse primeiro mês como governador, Helder Barbalho vem demonstrando muita disposição. Até aqui, o balanço é positivo e a percepção da sociedade ainda é otimista (isso sustentado fortemente por conta do período de “quarentena” que todo novo governo possui). Agora a “lua de mel” – como dito em outro texto, tem validade.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

A vingança de Zequinha Marinho. E agora Jatene?

Ontem (21) os bastidores políticos do Pará estavam agitados. Tudo porque o vice-governador Zequinha Marinho (PSC) havia se reunido com a executiva estadual do partido

Livro de Javier Milei, presidente da Argentina, ganha tradução no Brasil

Eleito Presidente da República da Argentina em 2023, o economista Javier Milei teve seus textos com ideias e planos organizados no livro Viva A Liberdade,

Desgaste profundo na relação entre Biden e Netanyahu

A decisão do governo americano de não vetar a resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo imediato em Gaza demonstrou o

Congresso Nacional retoma pauta econômica com Lula no exterior e sem reforma ministerial

O Congresso Nacional começa esta semana com a perspectiva de avanço em projetos de interesse do governo na área econômica. O destaque é a possível

#TBTdoBlog: morre o ex-governador do Pará, Almir Gabriel

Em mais uma coluna sobre fatos passados de nossa política, o Blog do Branco volta ao ano de 2013 com objetivo de prestar às devidas

Eleições 2024: o dono do “xadrez” político nacional

As eleições municipais de 2024, teve, sem dúvida, um agente político que saiu muito mais fortalecido, ele atende pelo nome de Gilberto Kassab, presidente nacional