Vale revisa a previsão de produção de minério de ferro para 2022

A Vale projeta terminar 2022 com capacidade produtiva de minério de ferro de 370 milhões de toneladas ao ano, ante 400 milhões de toneladas na previsão anterior, à medida que enfrenta atrasos em projetos no Sistema Norte, onde está sua principal mina. Conforme uma apresentação feita a investidores na última quinta-feira, a companhia prevê um “ramp up mais suave” (termo usado em economia e negócios para descrever um aumento na produção de uma empresa antes dos aumentos previstos na demanda do produto) no Sistema Norte, que atualmente tem capacidade de 203 milhões de toneladas ao ano.

Para 2021, a capacidade do Sistema Norte fechará em 205 milhões de toneladas, mesmo número agora previsto para o fim de 2022. A companhia citou atraso das licenças necessárias para sustentar o nível de produção, além de atrasos nas frentes de lavra N3 e N1/N2. O “start-up” da N3 é esperado para 2023, enquanto o da N1/N2 em 2026.

A empresa também citou faseamento do projeto Gelado, com o início projetado em 5 milhões de toneladas, versus 10 milhões anteriormente. A previsão anterior para o Sistema Norte era de 230 milhões de toneladas. A Vale ainda manteve sua estimativa para a capacidade de produção de minério de ferro ao final de 2021 em 343 milhões de toneladas por ano, número que havia sido revisado ao final de julho, citando impactos de restrições temporárias em Itabira, Mutuca e no Sistema Norte.

Atualmente, a capacidade é de 335 milhões de toneladas. Para o médio prazo, a companhia passou a estimar 400 milhões de toneladas, enquanto no longo prazo esse número ficaria entre 400 milhões e 450 milhões de toneladas. A ver.

Ao se ler a manchete a revisão pode gerar impacto ao país, em especial, a Parauapebas. Todavia, ao se analisar os números mais a fundo, fica claro que a região Norte, tratado pela mineradora como “sistema”, manterá a sua produção do próximo ano igual ao ano corrente, o que não gera perdas em receitas, neste caso, os royalties para as Prefeituras de Canaã dos Carajás e Parauapebas, Serras Sul e Norte, respectivamente.

Todas as informações publicadas neste artigo, constam em apresentação da Vale publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e feita para investidores na última quinta-feira (9).

Fonte: Isto É Dinheiro (Adaptado pelo Blog do Branco). 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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