Historicamente, um dos maiores gargalos na educação pública municipal em Parauapebas é a questão dos chamados anexos, que nada mais são do que imóveis alugados, que funcionam como extensões das unidades escolares. Por mais que esses espaços passaram por um processo de “adaptação” para que pudessem atender a necessidade da comunidade escolar, não são, e muitos deles estão longe de ser.
Esses anexos se expandiram pela necessidade de atender a um grande quantitativo de alunos, que as escolas construídas não puderam absorver por limitações estruturantes. Como dito, esse processo é histórico em Parauapebas.
Da mesma forma, ainda existe aqui o turno intermediário, que funciona na rede municipal entre os turnos da manhã e tarde, apertado entre 11 horas até 14h45min. Segundo especialistas da área educacional, o citado turno é desaconselhável sob o ponto de vista da aprendizagem, por isso, não deveria existir. Porém continua existindo por conta da alta demanda e falta de infraestrutura para absorver o quantitativo de alunos em apenas dois turnos, como deveria ser.
Buscando encerrar esse cenário, a vereadora Eliene Soares (MDB) apresentou na Segunda Sessão Ordinária de 2021, realizada na manhã desta terça-feira (23), a Indicação nº 45/2021, que trata da questão do remanejamento e ampliação orçamentária para obras e instalações da Educação. Desta forma, seria possível segundo a Indicação, construir dez creches e oito escolas de ensino fundamental, o que segundo estudos, eliminaria os anexos e o turno intermediário, em Parauapebas.
Segundo justificativa, atualmente são 11500 estudantes que estão lotados nos anexos, a um gasto anual de manutenção na ordem de R$ 2,5 milhões. Ainda sobre levantamentos feitos pelo gabinete da vereadora Eliene Soares, produzidos no mandato passado, apontam que são necessárias dez creches para que possa zerar o deficit de vagas, que hoje está em 10 mil crianças.
Ao fim da leitura do documento, tal Indicação foi aprovada e seguirá ao Poder Executivo para as devidas providências. A sociedade parauapebense espera pela resolução dessa demanda histórica. O primeiro passo – via Legislativo – foi dado.
Foto: Felipe Borges.