Ontem (15) em sessão solene, os 15 vereadores de Parauapebas deram início ao ano legislativo de 2018. Durante mais de duas horas os nobres edis reversaram-se na tribuna, cada um ao seu estilo de apresentação. Uns de forma breve, serena, sem polemizar ou dirigir ataques; outros teceram diversas críticas ao governo municipal, com ataques diretos ao prefeito Darci Lermen.
Em comum, o reconhecimento que o ano corrente precisa ser melhor aproveitado pelos vereadores, aumentando a produtividade e buscar atender os munícipes mais necessitados de forma mais rápida. Como nem tudo são flores, o primeiro ataque partiu do vereador Horácio Martins (PSD), que ao abordar a problemática das enchentes e os desabrigados, afirmou que o mandatário municipal havia deixado a cidade no período de carnaval, coincidindo com a situação de emergência, reconhecido e decretado pelo governo. Portanto, deixou nas entrelinhas que o prefeito havia feito “pouco caso” com a dramática situação.
Com o processo dialético se sucedendo, o vereador Horácio foi desmentido e criticado por Luiz Castilho (Pros), líder do governo, que em sua fala procurou desconstruir o discurso do referido colega de parlamento. Foi seguido pelos vereadores Rafael Oliveira (MDB) e Kelen Adriana (PTB).
Os vereadores Pavão, Braz, Joel, Zacarias, Ciza e Elias fizeram um discurso sereno, de apoio e cobrança ao governo, mas, sobretudo, demonstrando que serão interlocutores da sociedade e estarão na busca pela parceria com a gestão municipal.
O vice-prefeito Sérgio Balduíno (PSB) em sua fala defendeu o governo e tratou de apresentar as ações que estão sendo realizadas para amenizar os problemas dos desabrigados, além de tratar da sua mais nova função na gestão: dirigir a problemática Saaep. O deputado estadual Gesmar Costa (PSD) também marcou presença e em seu discurso fez um breve apanhado das ações realizadas por seu mandato.
Quem fez o discurso mais inflamado e que empolgou a plateia foi o vereador Marcelo Parceirinho (PSC) que teceu duras críticas ao governo municipal. O referido parlamentar relacionou o desastre natural das cheias com o descaso e falta de planejamento da prefeitura. Além disso, Parceirinho afirmou que as obras realizadas pelo governo são de péssima qualidade, que precisam serem refeitas a todo momento, gerando custos desnecessários ao erário municipal.
Em um início de trabalho legislativo calmo, com tudo saindo conforme o planejado, o discurso de Parceirinho e Horário foram os “pontos fora da curva”. O primeiro de forma consistente, coerente e com conteúdo verídico, real, sem “brechas” para contestações. O segundo, não passou de discurso oposicionista infundado, com críticas rasteiras e sem fundamento.
Nas próximas semanas algumas mudanças deverão ocorrer no primeiro escalão do governo e foram provocadas de dentro da Casa de Leis. Que os trabalhos comecem, 2018 promete.