Ontem, 20, o senador da República pelo Pará, Beto Faro (PT) teve o seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). A decisão era de certa forma esperada, pois além das obras serem robustas, a tendência era seguir os votos do relator. O placar foi 5×2.
Ao fim do expediente, a defesa do citado parlamentar impetrou recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permite que Beto Faro continue exercendo o seu mandato em Brasília, por conta de seu efeito suspensivo. Essa será a tática do corpo jurídico que defende o petista: protelar ao máximo a ação que o faça ser afastado de seu mandato. Vale frisar que além de Beto Faro, os seus suplentes Josenir Gonçalves Nascimento e Leny Campêlo não podem assumir, pois a cassação engloba a chapa.
A questão agora é saber se o TSE manterá a decisão do tribunal paraense. Caso isso aconteça, no máximo no próximo ano, Beto Faro deixaria o mandato em definitivo. Portanto, o Pará teria em disputa ao Senado Federal três vagas, pois no próximo ano duas estarão em disputa.
Tabuleiro político
A cassação de Beto Faro é sem precedentes. E sua concretização promove uma verdadeira reorganização nas estratégias dos operadores do tabuleiro político-eleitoral paraense. Ao PT é um duro golpe, pois o mandato de senador era o alicerce para acordos políticos, assim como eleitorais do próximo ano. A vaga de Beto tenderá a ser preenchida por outro partido. Portanto, o PT se apequena ainda mais no jogo.
Mais uma vaga ao Senado permite ao governador Helder Barbalho organizar melhor algumas estratégias. Por exemplo, o MDB disputaria duas vagas (com Helder e Chicão) e a terceiro seria disponibilizada aos aliados. Da mesma forma que uma vaga a mais em disputa atiça também a oposição, que teria mais possibilidades.
A certeza é que o afastamento em definitivo de Beto faro do mandato é uma questão de tempo. Será protelada ao máximo, mas acontecerá e promoverá grande agitação no tabuleiro político parauara.
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