A farsa novamente em nível nacional

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O Blog do Branco em suas últimas postagens, tratou do tema sobre o tiro fake que o ex-candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César (PRTB) afirmou ter recebido por conta de atentado político. Na semana passada a Polícia Civil do Pará indiciou o citado e mais três pessoas que o acompanhavam no dia do suposto crime. O ex-candidato a prefeito agora está na condição de investigado e podem virar réu em ação penal por comunicação falsa de crime, nos termos do art. 240 do Código Penal, que é provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. Traduzindo: falsa comunicação de crime.

O indiciamento de Júlio Cesar fez o caso tomar novamente repercussão nacional. O Portal da Globo, conhecido como G1, voltou ao tema. A revista Isto É, uma das mais lidas do Brasil, tratou em suas páginas (versão eletrônica) o fato. Portanto, a “lambança” promovida pelo ex-candidato  Bolsonarista (rotulado desta forma pela revista em sua versão eletrônica) voltou à pauta nacional, o que mancha ainda mais, caso seja condenado ao virar réu, a imagem de Júlio César.

O fato na versão dada por Júlio César em depoimento

Na noite dia 14 de outubro de 2020, Júlio César foi baleado no peito na zona rural da cidade, hospitalizado e recebeu alta dois dias depois. Em nota, o PRTB declarou que o então candidato havia sido “vítima de um atentado”.

Segundo relatos, o suposto crime aconteceu enquanto Júlio César e outras três pessoas que estavam em um carro foram surpreendidos por uma caminhonete que teria se aproximado do veículo e efetuado os primeiros disparos.

Mesmo com um terceiro veículo atravessado na pista, as vítimas conseguiram escapar do bloqueio, mas seguiram perseguidas pela caminhonete, quando o candidato, que estava no banco do carona, foi atingido no peito por um dos disparos. Os demais passageiros ficaram feridos.

Semanas após o fato ter ocorrido, o Blog do Branco levantou a questão de que havia um plano arquitetado em Brasília para se tentar vencer a eleição municipal de 2020, na capital do minério. Quem tornou publico o fato foi o então vice-presidente municipal do PRTB, Gilson Fernandes, que denunciou o esquema. De partida, consistia em ter três candidaturas a prefeito, usando a imagem e influência do presidente Jair Bolsonaro (PL). Otoni pelo Rio de Janeiro, Mauro por Belém e César por Parauapebas. Na sequência, com o desenrolar dos fatos políticos, o plano deu errado em parte, pois os dois parlamentares não conseguiram se viabilizar como candidatos. Restou, por tanto, Júlio César, que àquela altura passou a ser a grande e única aposta do grupo.

O orçamento bilionário da Prefeitura de Parauapebas, era o grande atrativo para o esquema. Vale registrar que, antes do suposto atentado, Júlio César aparecia sem expressão nas pesquisas que eram realizadas na capital do minério. Após o fato, tudo mudou, o então candidato do PRTB, teve um crescimento vertiginoso nas pesquisas. Em alguns levantamentos, chegou a figurar em segundo lugar.

Pelo bem de Parauapebas, o plano de Júlio César que, na verdade, foi feito de marionete por pessoas que estavam acima dele, não deu certo. Agora o peso da Lei se volta contra ele, que terá que provar que não cometeu crime do qual está sendo indiciado. Conhecido nacionalmente ele já está.

Imagem: reprodução.

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