Conforme adiantando pelo Blog do Branco em diversos outros artigos, a escolha de Hana Ghassan para ser a vice-governadora na chapa “pura” de reeleição de Helder Barbalho, na eleição passada, tinha lógica e seguia um método pensado pelo citado mandatário estadual. A decisão que causava estranhamento e até ciumeira nos bastidores, era na verdade, parte de uma engrenagem político-eleitoral a médio prazo, que tende a ter êxito.
A escolha não se pautou exclusivamente pela confiança que existe entre ambos e competência técnica da citada, mas pelo seu perfil gerencial, e não político que, inevitavelmente, irá incorporar na condição de “número dois” da política paraense.
Está claro que Barbalho terá forte atuação exógena, e ela será posta de forma frenética pelos próximos dois anos, podendo estender por mais um (ano eleitoral, Helder irá precisar mudar a estratégia de se fazer muito presente) pela necessidade, pelo menos. Nesse período, Hana terá o papel de uma grande gerente do governo, o que a mesma já vem fazendo, na ausência física do titular. Na prática, seria “Helder lá, Hana aqui”. Por não ter perfil político, facilita, por exemplo, que não haja por parte dela, uma postura que vise se autopromover com objetivos políticos pessoais que não estejam em concordância com o planejado por Helder.
Assim, dessa forma, Hana fica à frente resolvendo assuntos domésticos, enquanto Helder manterá agendas nacional e internacional, com claro objetivo de pavimentar suas estratégias, visando voos maiores. Como dito por este Blog em janeiro de 2019: “Para além do Palácio”, continua a todo vapor.
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