No último dia 11, a Casa de Leis da capital do minério promoveu Sessão Solene em alusão ao Dia Municipal do Evangélico. Diversas autoridades se fizeram presentes, dentre elas o prefeito Aurélio Goiano.
O que deveria ser um evento com objetivo de homenagear à comunidade evangélica, que tem forte presença em nosso município, e que vem crescendo consideravelmente a cada levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou marcado por um discurso lamentável do atual chefe do Executivo parauapebense.
O discurso que deveria celebrar a fé, o respeito à diversidade religiosa, além da reafirmação das garantias constitucionais de liberdade de crença e fé, ficou marcado por narrativas lamentáveis. Os presentes e os que acompanhavam pela internet assistiram falas reprováveis, em especial, as de Goiano, que foram ao encontro da intolerância religiosa, desinformação e estigmatização das religiões de matriz africana.
A postura dialética foi tão negativa, que vereadores da base governista manifestaram total repúdio às narrativas de Aurélio. A Câmara Municipal, que sediou o evento, emitiu Nota de Repúdio às falas do prefeito. O documento foi assinado pelo presidente Anderson Moratório (PRD) e pelos integrantes da Comissão de Direitos Humanos: Tito do MST (PT), Sadisvan Pereira (PRD) e Erica Ribeiro (PSDB).
O fato chama bastante atenção justamente por ter à frente o vereador Moratório. Longe de representar um rompimento, mas a discordância pública mostra que o “casca de bala” continua apoiando o prefeito Aurélio Goiano, mas impôs um limite guiado pelo bom senso e respeito ao cidadão. O fato soma-se a outras divergências entre ambos, que mantém a parceria, porém com limites claros. Melhor assim.
Como bem disse o ex-atacante Romário: “Calado é um poeta”. A máxima popular serve muito bem, infelizmente, ao atual mandatário parauapebense.
Imagem: fotomontagem



