A priori, sem a Força Nacional, o “Santo de Casa” terá que fazer milagre na Segurança Pública paraense

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O governador Helder Barbalho havia prometido em campanha que solicitaria a presença da Força Nacional no Pará em seus primeiros dias de governador, caso ganhasse a eleição. De fato, cumpriu o que prometeu. Em seu segundo dia como mandatário da política paraense, enviou ofício a Brasília, solicitando ao Ministério de Justiça e Segurança Pública, o envio de 500 homens para auxiliar na segurança pública do Pará.

A resposta demorou. Quando veio, o Governo Federal pediu informalmente para que Helder Barbalho reduzisse pela metade o quantitativo pedido. O governador tentou garantir pelo menos 200 policiais para atuar na segurança pública, mas o Ministério da Justiça informou que não poderia atender ao pedido. Alegou como justificativa a situação de crise no Ceará e a necessidade de manter tropas em Brasília.

Portanto, de início, não será possível a presença de homens da Força Nacional em solo paraense. Sem dúvida, essa negativa não era esperada por Helder, que agora terá que se virar com o efetivo das forças de segurança estadual, ou seja, com o “santo de casa”. E a presença da Força Nacional, com 200 homens (pedido mínimo) amenizaria – de fato – o problema? Parece que a insistência do governador não está só no aumento do efetivo interno, com a suplementação nacional, mas sim o cumprimento de uma promessa de campanha. A presença da Força Nacional parece ser mais uma ação de marketing do Palácio dos Despachos, do que – de fato – produzir as respostas esperadas.

O governador parece obcecado pela questão da segurança pública, e com razão. Os dados são alarmantes e as soluções são complexas, pois estão entrelaçadas a outros seguimentos. Até o modelo de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) já se discutiu na cúpula de segurança pública paraense. Helder Barbalho acompanha de perto a referida área e controla tudo.

Não há mágica. Mudanças estruturais na área só serão sentidas a médio e longo prazos, resta saber se a boa popularidade e expectativa que pairam sob o novo governo resistirão a esse processo?

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