Um dos maiores imbróglios do cenário político paraense é saber quem irá suceder o governador Simão Jatene? Diversos nomes se mantêm na relação de possíveis pré-candidatos, dentro e fora do “ninho tucano”. Desde o ano passado, mais precisamente em dezembro, este veículo iniciou a sua abordagem sobre o referido tema e de forma intermitente mantém em sua pauta política a questão.
Na ocasião, pelo menos, quatro nomes do PSDB estavam na disputa: Zenaldo Coutinho (prefeito de Belém); Manoel Pioneiro (prefeito de Ananindeua); Nilson Pinto (deputado federal) e Flexa Ribeiro (Senador). O atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado, além de ter sido por dois mandatos prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, que compõe o quadro tucano, segundo fontes palacianas é um dos preferidos do governador, mas o secretário não se empolga com a ideia ou proposta. O deputado estadual, ex-prefeito de Paragominas, Sidney Rosa (PSB) também é cogitado.
“Os ventos” que passam pelos salões do Palácio dos Despachos parecem ter mudado de direção. Em outros textos abordei o nome do atual presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda (DEM), como possibilidade. O referido foi eleito para chefiar a Alepa pela terceira vez. O processo de escolha não teve disputa. Miranda foi quase aclamado entre seus pares (mesmos aqueles parlamentares de partidos de oposição, mais à esquerda) para continuar no cargo.
É reconhecido como um grande articulador e apaziguador. Mostrou em suas duas gestões anteriores que conseguiu manter a ordem e bom ritmo de trabalho na Alepa. Já é considerado por muitos como um dos melhores presidentes legislativos do Palácio da Cabanagem dos últimos 30 anos. Todas essas credenciais o colocam na lista de escolha de Jatene, até com certo favoritismo.
Política é feita de sinais (falsos ou não). Na edição do último domingo (06) do jornal Diário do Pará, em matéria de capa, o referido periódico da família Barbalho, apresentou diversas denúncias contra Miranda. O jornalista que assinou a reportagem abordou os altos salários (bem acima do teto constitucional definido pelo Supremo Tribunal Federal), com conivência do líder dos Democratas.
O jornalista Mauro Neto, apurou que os gastos em seis anos já chegam a R$ 129 milhões, com a manutenção de 148 cargos comissionados de assessoria direta ao presidente da Casa de Leis estadual. A abordagem é direta é visa derrubar a boa imagem de Márcio Miranda enquanto gestor. O Diário do Pará em outra oportunidade já havia criticado o presidente da Alepa.
Parece que a tática do jornal mais lido do Pará, controlado pela família Barbalho, tem como objetivo maior tornar o seu herdeiro político, Helder, o próximo governador do Pará. O nome de Márcio Miranda cresce e toma forma. Por isso, o período diário dos Barbalhos segue às ordens determinadas por seus controladores. O atual presidente da Alepa que se prepare, novos ataques virão. A disputa pelo Palácio dos Despachos está só começando.