Biden recebe recomendação para suspender acordos com o governo Bolsonaro

Pela postura diplomática que o governo brasileiro manteve em relação ao governo Trump, além de ter declarado apoio ao republicano e ter demorado a reconhecer a vitória de Joe Biden (Democrata), começou a ter os seus primeiros efeitos práticos por aqui. A relação entre Brasil e Estados Unidos tende a sofrer mudanças. O que, a princípio, é ruim para a nossa economia, sendo os EUA o nosso segundo maior parceiro comercial.

Pois bem, quatro meses depois de fazer críticas públicas contra o desmatamento no Brasil, o presidente Joe Biden e membros do alto escalão do novo governo dos EUA receberam nesta semana um longo dossiê que pede o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência.

Segundo a BBC News Brasil, o documento reune 31 páginas, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de “Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia”.

Ainda segundo o citado site, o documento diz que: “a relação especialmente próxima entre os dois presidentes foi um fator central na legitimação de Bolsonaro e suas tendências autoritárias“, diz o texto, que recomenda que Biden restrinja importações de madeira, soja e carne do Brasil, “a menos que se possa confirmar que as importações não estão vinculadas ao desmatamento ou abusos dos direitos humanos“, por meio de ordem executiva ou via Congresso.

A mudança de ares na Casa Branca é o combustível para o dossiê, escrito por professores de dez universidades (9 delas nos EUA), além de diretores de ONGs internacionais como Greenpeace EUA e Amazon Watch. O Palácio do Planalto informou, via Secretaria de Comunicação, que não comentará o dossiê.

Portanto, a ideologia sem propósito imposto pela ala mais radical do governo brasileiro, que tem como um dos seus membros o ministro das Relações Exteriores, Ernesto de Araújo, começa a cobrar o seu preço. Criou-se atrito (desnecessário com a China) e recentemente com os Estados Unidos, respectivamente, o primeiro e segundo maior parceiro comercial do Brasil. Estamos caminhando para o isolamento global. O custo da distopia bolsonarista é alto. Todos nós teremos que pagar a conta.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

E aí, Senado?

Caberá a Câmara Alta decidir sobre a pretensão do presidente Jair Bolsonaro em fazer o filho, Eduardo, o próximo embaixador brasileiro em Washington. O que

Presidente da COP 30 diz que “não há plano B” sobre sede do evento

Durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, nesta quarta-feira (6), o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre

Pobreza cai para 31,6% da população em 2022, após alcançar 36,7% em 2021

O percentual de pessoas em extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 200,00 por mês, no Brasil, caiu para 5,9% em 2022,

Canaã: vereadores aprovam oito Indicações na 19ª Sessão Ordinária de 2025

Na noite desta terça-feira, 10 de junho de 2025, a Câmara Municipal de Canaã dos Carajás realizou a 19ª Sessão Ordinária do ano, marcada pela

Parauapebas: mutirão da 1ª dose para faixa de 18 a 25 anos neste sábado (14)

A partir das 9h deste sábado (14), Parauapebas vai começar a vacinar pessoas de 18 a 25 anos contra a covid-19. A ampliação foi possível

Eleições 2026: Helder Barbalho lidera disputa para o Senado em Santarém, aponta pesquisa

A terceira rodada da pesquisa de intenção de votos da empresa Destak Publicidade e Marketing, realizada em Santarém, no oeste do Pará, revela que o