Bolsonaro fecha com Patriota para 2022

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Enfim, encerra-se mais uma indefinição sobre o processo eleitoral do próximo ano, pois o presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, e seus filhos devem se filiar ao Patriota, sigla que se apresenta como conservadora dentro do espectro político brasileiro. A notícia foi divulgada por um dos filhos do mandatário da nação, que atende pelo nome de Flávio Bolsonaro, senador da República pelo estado do Rio de Janeiro. O chamado “01” se filiou à legenda e discursou em convenção partidária nesta segunda (31), ocasião na qual divulgou a novidade.

Desta vez, a tendência é que todo o clã concorra às eleições de 2022 (com exceção de Flávio que ainda terá mais quatro anos de mandato) pelo novo partido, que ainda aguarda a inscrição oficial de Bolsonaro em seus quadros. Em seu discurso, Flávio disse que o objetivo é construir “o maior partido do Brasil após as eleições”.

O parlamentar, que anunciou saída do Republicanos no último dia 26, comparou o contexto do Patriota ao histórico do PSL, sigla pela qual o pai se elegeu no último pleito e que tinha apenas um deputado antes da chegada de Bolsonaro, e que após as eleições, passou a ter 52 cadeiras no parlamento federal, tornando-se a segunda maior bancada.

Vale o registro que, Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, conhecido como “02”, já é filiado no Patriota, quando deixou recentemente o PSC. Em sua trajetória política, Jair Bolsonaro já passou por oito legendas. Foram elas: PDC (1990-1994), PPR (1993-1995), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016), PSC (2016-2017) e PSL (2018-2019). O chefe do Executivo ainda não comentou publicamente a ida ao Patriotas.

O Patriota é o antigo Partido Ecológico Nacional (PEN), que mudou de nome entre 2017 e 2018, após autorização do TSE. O presidente Bolsonaro chegou a flertar com a sigla em 2017, quando, inclusive, assinou ficha de filiação. Na sequência, no entanto, ele migrou para o PSL, consolidando a aliança que o levou à Presidência da República.

Com o insucesso do projeto de criação do “Aliança pelo Brasil”, restou a Bolsonaro buscar uma legenda que deverá servir de aluguel, como ocorreu com o PSL, em 2018. A “bola da vez” é o Patriota, que deverá ser mais um partido que deverá servir para a continuação do projeto político bolsonarista e só.

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