Brasil cai em ranking mundial de percepção de corrupção

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Uma das principais bandeiras do Bolsonarismo foi o combate à corrupção. O tema foi um dos motes de campanha do então candidato Jair Bolsonaro. Todavia, na prática, sabe-se que esse discurso não se tornou realidade. O presidente afirma que não há corrupção em seu governo, mas é flagrante que há interferência sua na condução de investigações e operações da Polícia Federal. O clã Bolsonaro está envolvido em diversas denuncias que envolve o crime de peculato.

O Brasil caiu duas posições no ranking mundial de percepção de corrupção, calculado pela instituição Transparência Internacional, e passou a ocupar o 96º lugar, a terceira pior posição em sua série histórica. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (25) pela instituição.

O índice de percepção de corrupção é feito a partir da análise de dados, pesquisas e avaliações de especialistas. É elaborado desde 1995, mas teve uma padronização metodológica em 2012 que permitiu traçar uma comparação histórica a cada ano.

O Brasil alcançou 38 pontos, em uma escala de 0 a 100. Este desempenho coloca o país abaixo da média global, que é de 43 pontos, e abaixo da média regional da América Latina e Caribe (41 pontos). Também é inferior à pontuação do BRICS (grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que foi de 39 pontos, e inferior à média do G-20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, que teve 54 pontos.

Do ponto de vista mundial, o ranking da percepção de corrupção é liderado por Dinamarca e Finlândia, empatados em primeiro lugar com 88 pontos. Isso significa que é muito baixa a percepção desse tipo de ilícito na administração pública desses países.

No relatório que divulgou os dados, a Transparência Internacional diz que o aumento da corrupção provoca diretamente um crescimento nas violações de direitos humanos e enfraquecimento da democracia no país afetado. “A corrupção possibilita violações de direitos humanos, dando abertura a uma espiral perversa e desenfreada. À medida que os direitos e as liberdades vão se erodindo, a democracia entra em declínio, dando lugar ao autoritarismo, que, por sua vez, possibilita níveis maiores de corrupção”, diz o relatório.

A pontuação obtida pelo Brasil em 2021, de 38 pontos, foi a mesma do ano passado, mas a queda em duas posições ocorreu porque outros países tiveram melhoria no índice. A melhor pontuação alcançada pelo país foi nos anos de 2012 e 2014, com 43 pontos, nos quais o Brasil ocupou o 69º lugar no ranking. Em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, o Brasil caiu para a posição 106 do ranking, sua pior alcançada na série histórica.

Com informações do Portal G1 (Adaptado pelo Blog do Branco).

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