Caça às bruxas e ao inimigo oculto

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O governo Bolsonaro mal começou e já gera sucessivas polêmicas. A mais nova é a do ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, sobre seu discurso de “despetização” ao demitir 300 servidores na transição de governo. A decisão do ministro-chefe de exonerar todo mundo para ‘despetizar’ causa perplexidade. O objetivo é retirar de dentro da máquina todo e qualquer servidor comissionado que tenha qualquer evidência contrária ao novo governo e ao presidente. Em entrevista Lorenzoni afirmou que “faltou coragem” a Michel Temer para “limpar a casa” antes do fim do mandato.

Limpa nas redes sociais

Como se não bastasse tal medida citada acima, teve início uma operação pente-fino, nas palavras de gente próxima do presidente, para identificar quadros do PT dentro da máquina administrativa. O primeiro passo para a identificação já foi feito, todos os funcionários sem estabilidade, colocados em cargos comissionados, estão tendo suas contas em redes sociais checadas. Se a pessoa tiver postado alguma coisa como “Ele não”, “Fora, Temer”, “Foi golpe”, “Marielle vive” será sumariamente demitida.

Cadeiras vermelhas

A família Bolsonaro se mudou para o Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (3). O primeiro pedido do presidente foi para a mudança de alguns objetos internos, dentre eles que todas as cadeiras vermelhas fossem retiradas e substituídas por azuis. A troca já foi realizada. A troca das cadeiras é mais uma atitude do novo presidente ao associar o vermelho com o socialismo. No seu discurso no parlatório do Planalto, em sua cerimônia de posse, Jair Bolsonaro afirmou que “nossa bandeira jamais será vermelha”.

Os ataques ao PT continuam, e servem fundamentalmente para manter o Bolsonarismo vivo, aceso e com sentido de existir. Por isso, termos como “socialismo” e “comunismo” viraram um mantra dentro do governo e assim deverá ser até o final do mandato.

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