O vice para prefeito de Belém?!

Faltando pouco mais de um ano para as disputas municipais, já iniciou o processo de articulação para a formação de nomes e candidatos. Como dito em outros artigos sobre o tema, a composição política do governador Helder Barbalho para Ananindeua está definida. O atual presidente da Assembleia Legislativa (Alepa), Daniel Santos (o candidato mais votado na última eleição para o parlamento estadual) será o candidato de Helder para disputar o segundo maior colégio eleitoral paraense. E Belém?

Hoje, no governo do Estado, há três nomes no secretariado que podem concorrer: Jarbas Vasconcelos (PV) – Secretaria do Sistema Penitenciário do Pará; Ursula Vidal (sem partido) – Secretaria de Cultura, e que já disputou a última eleição a prefeitura de Belém, em 2016, chegando em quarto lugar, com 79,968 votos (10,29%) dos votos válidos. Votação que surpreendeu pela estrutura dispensada de seu partido em comparação aos outros adversários. E, por último, Carlos Maneschy – Secretaria de Ciência e Tecnologia. Ele foi ex-reitor da UFPA, e assim como Vidal, concorreu à Prefeitura, ficando em quinto lugar, com pouco mais de 75 mil votos. Na ocasião, Maneschy concorreu pelo PMDB, hoje MDB, sendo lançado com o aval dos Barbalho.

Porém todos os três nomes citados, não reúnem grande capacidade de aglutinação de grupo, ou seja, não conseguem criar uma órbita de apoio em torno de si. Não seriam consenso. Neste contexto, surgiu um outro nome, a do vice-governador Lúcio Vale, reconhecidamente uma opção agregadora e de ótimo trânsito dentro do meio político, além de ter baixo índice de rejeição. E o mais importante: tem total confiança do governador.

E a possível escolha de Lúcio Vale faz sentido e tem lógica. Em julho de 2018, o blog havia antecipado a escolha do referido para ser o vice de Helder, o que só viria a ser confirmado oficialmente no dia 04 de agosto do citado ano. A estratégia do ex-ministro em ter um vice do perfil de Vale, era justamente ter um suporte, um alicerce político na Região Metropolitana de Belém (RMB) e nordeste paraense; justamente regiões de atuação e de base eleitoral do referido deputado. Portanto, a possível escolha para que Lúcio concorra a Prefeitura de Belém, faz sentido.

Sob a lei que ronda a questão, diz: a Lei Complementar nº 64/90 prevê, em seu art. 1º, § 2º, uma regra específica para os vices (vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito), segundo a qual eles poderão candidatar-se a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

Helder já bateu o martelo em Ananindeua e tem grande possibilidade de – via Dr. Daniel – controlar o segundo maior colégio eleitoral do Pará, município em que foi prefeito por duas vezes. Belém é uma prioridade, e pelo atual contexto, não será difícil conquistar, basta definir o melhor nome dentro de várias opções que hoje se apresentam. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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