Na última terça-feira, 02, em coletiva de imprensa, o governador Helder Barbalho (MDB) e demais prefeitos da Região Metropolitana de Belém (RMB), anunciaram a implantação do toque de recolher (22:00h até 05:00h), além de outras restrições de funcionamento de estabelecimentos e ações que evitem aglomerações. Medidas que passaram a vigorar desde ontem, 03.
O território paraense passou a operar no bandeiramento vermelho, o que demonstra que a situação está ficando cada dia pior. Em consulta no site da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) em todos os itens (tendo óbitos e infectados como referência) há subida do número de registros. No Pará já somam 8.709 pessoas que perderam a vida para o vírus. Os especialistas afirmam que as próximas duas semanas a situação deverá ser pior. A ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Pará está em curva crescente, atingindo na segunda-feira (02) o índice de 84%.
Inversamente proporcional a esse cenário, o ritmo de vacinação é lento. Somos o último entre todos os entes federativos. Em consulta ao banco de dados da Sespa, no domínio chamado “vacinômetro”, Parauapebas, até o momento, recebeu 6.015 doses, o que em tese, inicia a imunização de três mil pessoas (grupos prioritários), pois o quantitativo é dividido por conta da necessidade de aplicação de segunda dose do imunizante. Nesta questão, os professores não estão incluídos nestes grupos que devem ser vacinados por primeiro.
Consulta ao retorno das aulas presenciais
Da mesma forma que ocorreu no ano passado, a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realiza pesquisa de opinião sobre a retomada das aulas presenciais. No levantamento anterior, segundo dados do site do citado Poder Executivo, naquela ocasião (cenário epidemiológico mais favorável do que o atual) 71,7% dos pais e alunos maiores de 18 anos e 61,7% dos educadores (professores, coordenadores e gestores escolares) foram contra o retorno.
Agora, com o cenário muito pior do que no período em que foi realizado o outro levantamento, a Prefeitura de Parauapebas retorna com a pesquisa em seu site. É evidente que se trata de uma consulta, mas a depender de seu resultado, em especial a votação dos responsáveis, que já deixaram claro em sua maioria, o desejo do retorno das aulas presenciais, o produto deste levantamento poderá servir de pressão para o retorno (mesmo com a garantia dos protocolos de segurança) presencial.
No Brasil não faltam exemplos de locais em que se fez o retorno presencial das aulas em rede de ensino público, e logo em seguida tiveram que suspender o expediente e retornar à modalidade remota, por conta do aumento exponencial dos números de infectados e óbitos.
A Prefeitura de Parauapebas envio ao Blog nota de esclarecimento sobre o fato.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação à pesquisa de opinião sobre o retorno gradual às salas de aula, a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que a consulta foi iniciada antes do decreto do Governo do Estado e que foi considerado o cenário local, que é estável.
Vale ressaltar que o Governo Municipal está trabalhando para garantir um retorno seguro para toda a comunidade escolar e, caso o resultado seja positivo para o retorno presencial das aulas, este será feito somente com a permissão de autoridades e órgãos de saúde.
A Comissão Intersetorial de Biossegurança, formada por representantes dos conselhos, secretarias, Vigilância Sanitária e Sintepp está avaliando constantemente o melhor momento para o retorno das aulas presenciais. Essa comissão foi criada com o intuito de estabelecer medidas de prevenção, monitoramento e controle do novo coronavírus na rede municipal de ensino.