Crescem os rumores que o atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues esteja articulando a sua saída mais à frente do Psol. A situação do mandatário municipal em questão não é boa dentro da legenda, que está rachada, o que vem influenciando negativamente sua gestão à frente da prefeitura da capital paraense. De um lado se coloca o vereador Fernando Carneiro tendo como companhia a atual coordenadora geral do SINTEPP de Belém, Silvia Letícia, que mantém a sua pré-candidata ao governo do Estado do Pará. Do outro lado estão o prefeito Edmilson e a deputada estadual Marinor Brito, só para citar os mais influentes psolistas.
A atuação de Letícia vem mobilizando uma grande resistência interna no partido aos direcionamentos dados pelos que controlam a legenda e a gestão de Rodrigues, vide a questão dos servidores públicos municipais da capital paraense. Muitos dizem que Edmilson já não é mais tão à Esquerda como antes, que o seu atual governo nem chega próximo do perfil mais popular dos anteriores, em especial o primeiro, dito “cabano”.
A relação com o PSB
Edmilson Rodrigues e o deputado federal Cássio Andrade, do PSB, estão muito próximos. O deputado tem grande espaço na Prefeitura de Belém. Conversas entre ambos indicam que pode está sendo construída uma possível parceria política, com a possibilidade futura do prefeito da capital paraense deixar o Psol e se filiar ao PSB. Nesse processo dialético, estaria a possibilidade de Edmilson se lançar ao governo do Estado, em 2006; assim como Andrade ser o seu vice em 2024, com a possibilidade de sucedê-lo, em 2028.
Essa relação entre ambos ficou muito evidente na semana passada, quando Cássio Andrade lançou a sua pré-candidatura a deputado federal. Fontes ligadas ao Blog do Branco e que estiveram no evento, afirmaram que o mandatário municipal colocou à disposição do parlamentar uma parte do grupo de mulheres do Psol, além de instigar a participação de aliados ao evento.
De todo modo, Edmilson tem a maioria partidária ao seu lado, mas segue em um partido conhecido pelo autofagismo interno que, claramente, o rachou, e essa ruptura está afetando diretamente a sua gestão. Em sua terceira passagem pelo Palácio Antônio Lemos, temos um governo menos “cabano”, reflexo de uma mudança de postura de Edmilson, que hoje claramente caminha para a centro-esquerda, tendo como grande possibilidade o PSB, que tornou-se reduto dos que antes eram muito mais à Esquerda e hoje deixaram de ser. A ver.
Imagem: reprodução Internet.