Disputa ao Senado pelo Pará. Parte I

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Como já dito anteriormente em outro artigo, dentre as disputas eleitorais em 2022 no Pará, a eleição ao Senado Federal – que neste ano terá a renovação de 1/3 de suas cadeiras, ou seja, um vaga para cada ente federativo – se apresenta como sendo, até aqui, a de maior expectativa. Tal afirmação tem como base a tranquilidade em que se apresenta o certame ao governo do Pará, com amplo favoritismo de Helder Barbalho (MDB).

O que se tem mesmo de concreto até o momento ao Senado é a definição do nome petista na disputa, que deslocou o atual ocupante da vaga, o senador Paulo Rocha, e a designação do nome do deputado federal Beto Faro. O petista trabalha para que ele seja o candidato escolhido pelo governador, tendo como base o apoio do ex-presidente Lula ao filho de Jader ao governo.

A questão do candidato de Helder ao Senado deve ser o principal aspecto da próxima disputa eleitoral em solo paraense, além, é claro, de quem será o seu vice. Mas, vamos nos atentar neste artigo para a disputa legislativa. Irei listar aqui alguns nomes e suas possibilidades.

Flexa Ribeiro

Foi senador da República por dois mandatos (2005 a 2018) pelo PSDB. Segundo fontes ouvidas pelo Blog do Branco, o tucano que retornar Câmara Alta. Não se desenha uma mudança de partido, portanto, Ribeiro continuaria e disputaria a única vaga ao Senado que o Pará tem direito, no ninho tucano. Flexa é da ala tucana que não apoia o governador Helder Barbalho. Como, então, se tornar viável eleitoralmente? Nem terá a garantia do partido em relação a sua candidatura. Fala-se nos bastidores que o PSDB quer compor a coligação de Helder, com a possibilidade de indicar o vice na chapa ao governo, o que não creio que passe pela cabeça do mandatário estadual esse tipo de parceria.

Bloco Bolsonarista

Além da disputa ao governo do Pará, os agentes políticos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), trabalham com a estratégia de indicar um nome ao Senado Federal. O senador Zequinha Marinho (PL) lidera atualmente esse grupo, já com a definição da escolha de seu nome para ser o principal adversário de Helder Barbalho. Pelos bastidores políticos corre o nome do ex-senador Mário Couto (PL) como o candidato do bloco bolsonarista ao Senado.

Base e órbita de Helder

Em sua base de apoio, o governador Helder Barbalho conta com alguns nomes que carregam certa musculatura eleitoral. Como exemplo, podemos citar Úrsula Vidal (Rede), atual secretária de Cultura do Pará. Todavia, Helder deverá apoiar alguém de fora de sua base direta, mas dentro de sua órbita. Por isso, Vidal deverá ser candidata ao parlamento, restando saber se federal ou estadual. Seguindo a tese de nome que órbita o “Planeta Barbalho”, não sendo diretamente de sua base consta o nome do ex-prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, ainda no PSDB, mas da ala que apoia o atual mandatário estadual. O que se afirma é que, caso Pioneiro queira ser candidato à Câmara Alta, deverá sair do ninho tucano. O PSB seria a possibilidade mais provável.

Terceira Via

Intitulo desta forma a disputa ao Senado, e que seria formado pelo ex-governador Simão Jatene (PSDB), o ex-deputado Márcio Miranda (DEM) e ex-vice-governador Helenilson Pontes (PSD), que precisariam convergir em um nome e uma legenda para terem chances de concorrer, com a opção de lançar uma candidatura ao governo.

Helder Barbalho já começa a “bater cabeça” sobre o tema. Ainda há tempo.

Volto à pauta em artigos futuros.

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