Eleições 2022: autofagismo Bolsonarista no Pará

Em dezembro de 2021, o Blog do Branco tratou de analisar o processo de filiações partidárias que estavam ocorrendo, em especial, no caso do Pará, ao Partido Liberal (PL). O que foi chamado à época de “Bonde do PL”, era o início da estratégia política de filiação dos principais agentes políticos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, que havia recentemente se filiado a citada legenda, com objetivo de disputar as eleições 2022.

Deste modo, montou-se um grupo amplo com a finalidade de ter candidaturas competitivas ao governo, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Desta forma, lançou o senador Zequinha Marinho (PL) para disputar a eleição estadual com o governador Helder Barbalho (MDB); o também ex-senador Mário Couto (PL) que pretende retornar à Câmara Alta, além das bancadas federal e estadual.

A questão é que, internamente, ninguém se entende. Está claro que Marinho não conseguirá impedir a manutenção do atual governador no poder. Na disputa ao Senado a situação está indefinida. Couto lidera, mas seus adversários estão muito próximos e contam – cada um à sua maneira – com apoio do mandatário estadual. Para o cargo de deputado federal, o mais provável é que o partido eleja no máximo dois representantes, mas pelo menos quatro nomes estão na disputa: Éder Mauro, Joaquim Passarinho, Eguchi e Caveira.

Quando se analisa a situação do PL na disputa por cadeiras na Alepa, a situação é uma disputa muito acirrada entre o filho de Éder Mauro, o ex-secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Rogério Barra e o ex-deputado estadual Neil Duarte que tenta retornar ao parlamento. Nos bastidores Mauro e Duarte travam em embate pesado. Ambos já foram muito amigos, mas hoje um passa longe do outro. No centro da divergência está o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que o ex-deputado perdeu o comando, segundo fontes, por intervenção do delegado de polícia licenciado.

Atualmente, dentro do bloco bolsonarista no Pará, controlado pelo PL, o autofagismo poderá provocar um resultado eleitoral abaixo do esperado. O grupo virou “cada um por si”. A ver.

Imagem: Blog do Ediney. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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