Dois municípios paraenses disputam o segundo turno: Belém e Santarém, o primeiro e o terceiro maiores colégios eleitorais do estado. Ambas disputas ocorrem entre candidatos apoiados – escolhidos pessoalmente pelo governador Helder Barbalho – contra candidatos bolsonaristas.
Em Belém a disputa está, digamos, mais fácil de ser vencida pela turma do governador. Em Santarém, apesar da diferença de quase 16 mil votos, o clã Bolsonaro irá desembarcar na “pérola do Tapajós”na próxima semana para alavancar a candidatura de JK do Povão, que contará ainda com o apoio do prefeito reeleito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), que precisa de um aliado no comando da prefeitura santarena.
As disputas eleitorais em Belém e Santarém tem como pano de fundo um outro embate: a disputa pelo Governo do Pará em 2026, entre o nome escolhido por Helder Barbalho (até o momento sua vice Hana Ghassan) e Daniel Santos, que até lá deverá se filiar ao PL.
Apesar do MDB conquistar 83 prefeituras, perder em Belém e Santarém representam um duro golpe político ao atual mandatário paraense. Para Daniel Santos, conquistar, pelo menos, Santarém é importante pela influência que o terceiro maior colégio eleitoral exerce no Oeste do Pará.
Por isso, todas as atenções de Helder e Daniel estão voltadas aos dois referidos municípios que, claramente, anteciparam a disputa estadual.
Imagem: fotomontagem