A análise deste artigo terá como linha mestre a divulgação de duas pesquisas na última semana sobre o cenário político-eleitoral da capital paraense. Em ambas, a reeleição do prefeito Edmilson Rodrigues (Psol) não está garantida. O levantamento da Paraná Pesquisas apontou tanto no formato espontâneo, quanto no estimulado, a liderança – dentro da margem de erro – do atual mandatário belenense.
Em outro levantamento, este feito pela Doxa, que vem fazendo uma série de pesquisas sobre a disputa pelo Palácio Antônio Lemos, apontou que Edmilson lidera no formato espontâneo (dentro da margem de erro), porém, quando se aplica no formulário em caráter estimulado, o citado fica em terceiro (podendo configurar em primeiro dentro da margem de erro da Doxa).
O que há – independente do instituto de pesquisa e da fórmula aplicada no levantamento de dados – é a alta rejeição e Edmilson Rodrigues. O que mostra que a sua gestão é reprovada pela ampla maioria do eleitorado da capital. Existe no senso comum que a gestão municipal da capital paraense configura-se muito abaixo do esperado pela população.
O que esses números de duas metodologias aplicadas deixam claro: que o prefeito Edmilson Rodrigues possivelmente estará no segundo turno. A questão é saber contra quem? A lógica aponta para uma candidatura bolsonarista, que pode ser Delegado Eguchi (PTB), caso não tenha nenhum impedimento legal; deputado federal Éder Mauro (PL), aparecem bem colocados. O deputado estadual Rogério Barra (PL), filho de Éder Mauro, deixou de configurar de forma competitiva nos levantamentos.
Ainda há, quem sabe, a possibilidade de uma candidatura de Centro prosperar. A pesquisa da Doxa apontou que o deputado estadual Zeca Pirão (MDB) lidera, por exemplo, no formato estimulado, ou seja, quando se apresenta nomes ao eleitorado. Essa candidatura teria que ter votos da Esquerda e da Direita, uma terceira via, como se acostumou falar.
Certo mesmo – como analisado recentemente neste veículo – é que a COP-30 e a gama de investimentos que serão feitos em Belém, sobretudo, em infraestrutura, poderá alavancar o nível de popularidade e, consequentemente, melhorar a avaliação do eleitorado em relação a Edmilson.
Apesar da baixa popularidade, tudo indica que Rodrigues estará no segundo turno. Resta saber quem será o seu oponente. Não se pode desprezar a máquina municipal da capital.
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