Embate contra o gene emedebista

Após a saída de cena do jogo eleitoral do ex-governador João Dória, expurgado pelo próprio partido, o PSDB, a senadora emedebista Simone Tebet, luta para manter a sua pré-candidatura firme. Até o momento, o seu nome está bem posicionado no campo da chamada Terceira Via, em que já aparece com dois pontos nas pesquisas mais recentes, já sem Dória. A costura agora é por um nome que possa compor a sua chapa à Presidência da República.

Todavia, cabe uma ressalva neste processo. Tebet sabe que o seu próprio partido não fechou acordo interno em torno de seu nome. Há alas emedebistas, especialmente no Nordeste que já estão fechando acordo com o ex-presidente Lula, do PT, o nome que lidera todas as intenções de voto até o momento. Outros grupos do MDB, mais ao Sul do país, querem apoiar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Portanto, há um conglomerado de caciques que trabalham para que o MDB não tenha candidato ao Palácio do Planalto.

O senador Renan Calheiros, de Alagoas, é um dos maiores defensores que o partido defina logo o seu campo de apoio (ele deixa claro que irá caminhar ao lado dos petistas). Manter uma candidatura para perder, poderá custar caro eleitoralmente ao MDB. O experiente parlamentar sabe que o processo eleitoral está tão polarizado, que não há espaço para outro nome que não seja o de Bolsonaro e o de Lula.

Por outro lado, os que defendem a candidatura própria argumentam que ter um nome no primeiro turno, mesmo sem possibilidade de presença no segundo turno, facilitará a posição dos candidatos aos governos estaduais, que não terá que decidir entre uma ou outra candidatura.

A questão é que o MDB é, por essência, uma legenda regional. Sua força está na conquista dos espaços políticos legislativos nos estados e municípios, assim como no comando do Poder Executivo municipais e estaduais. Não, por acaso, desde 1994, o partido só teve candidatura presidencial em duas oportunidades: Orestes Quércia, em 1994 e com Henrique Meireles, em 2018, este após garantir que bancaria do próprio bolso os custos de sua campanha. Nos pleitos de 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, o MDB esteve ao lado ou do PSDB ou do PT.

Portanto, se o MDB for o MDB que se conhece, Simone Tebet deverá, em breve, sentir o gosto amargo do abandono. O partido não costuma apostar em algo incerto. Trabalha para ser base do próximo presidente, portanto, Bolsonaro ou Lula. O partido centra sua atenção na formação de bancadas legislativas e expansão de governos estaduais.

Imagem: Veja. 

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