Fim da linha?

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A campanha eleitoral para prefeito em Parauapebas, em 2016, foi marcada pela polaridade entre Darci Lermen (MDB), que naquele momento buscava retornar ao Palácio do Morro dos Ventos, e o então prefeito que buscava a reeleição, Valmir Mariano (PSD). No fim, o emedebista venceu e assumiu o seu terceiro mandato, este que se encerra em dezembro próximo.

A eleição de 2020 se aproximava e a polaridade do pleito anterior parecia que ocorreria novamente, agora em posição invertida. A diferença foi que o atual prefeito Darci Lermen chegou bem para o processo eleitoral. O município de Parauapebas vive grande momento econômico, com a sua economia aquecida. Grande parte deste feito, vem da gestão municipal, que transformou a “capital do minério” em um canteiro de obras. Na outra ponta, a atividade mineral fez o seu papel. Além disso, o resgate de importantes projetos sociais, elevaram a avaliação do atual mandatário, lhe permitindo liderar com folga as pesquisas.

A esperada disputa entre Darci e Valmir não aconteceu. O candidato do PSD não conseguiu imprimir um convincente ritmo de campanha, para que pudesse se tornar competitivo. Pesquisas já o colocam em terceiro lugar. Mas por que isso? Primeiro, pelo fato da gestão passada ter deixado um lastro de dívidas e problemas. O apontamento de ter sido uma gestão de obras é muito relativo. Por outro lado, faltou o social, faltou articulação nos planos federal e estadual para que, por exemplo, alíquotas como o ICMS e a Cfem, pudessem melhorar, garantido mais recursos ao município. Ocorreram também diversas operações da Polícia Federal e do Gaeco, fatos que pesaram negativamente.

Valmir Mariano como todos sabem, é ruim em fazer política. Até hoje (nem os quatros anos de prefeito, conseguiram lhe colocar em melhor patamar), não sabe fazer articulação política. Seu grupo, poucos conseguem imprimir qualidade em suas ações. Sua vice, a empresária Francine Lopes, tira mais votos do que agrega. Informações de bastidores colhidas pelo Blog, apontam que, a campanha do 55, vive um racha interno. A candidata a vice e a vereadora Joelma Leite (PL), parecem não se entender.

O socorro que sempre vem de Belém (profissionais, recursos, apoios) minguaram. Por aqui, quem pode bancar, não quer colocar recurso em um projeto que caminha para o fracasso. Não há mobilização. Os eventos ocorrem com pouca adesão (espontânea) de pessoas. Grande parte dos que estavam com Mariano na eleição passada, mudaram de lado. No balanço, a campanha é um desastre e poderá encerrar de forma vexatória a curta vida política de Valmir Mariano. Para completar, o candidato do PRTB, Júlio César, segundo pesquisas, está em empate técnico com Mariano.

Terminar uma campanha, após ter sido prefeito recentemente, em terceiro lugar, pesa negativamente. Tal resultado é a soma de inúmeros fatores e decisões erradas. Em 2020, a esperada polaridade entre Darci e Valmir não ocorreu. Um já é considerado um dos maiores líderes políticos da região; o outro caminha para encerrar a sua breve trajetória política.

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