No final do ano passado, mais uma pesquisa de opinião foi encomendada pelo prefeito Darci Lermen. Assim como as anteriores, o seu resultado tinha como objetivo apenas o “consumo interno”, ou seja, o mandatário queria fechar o ano sabendo em que nível estava a avaliação de sua gestão. O resultado aferido foi o pior possível: o índice de rejeição chegou a quase 90% (segundo fontes a 87% para ser preciso). Segundo consultas feitas pelo blog, esse índice é o pior entre todos já realizados em relação a avaliação de um gestor na Capital do Minério.
Além dessa de perfil interno encomendada pelo gabinete palaciano, outra foi feita, encomendada por um dos grandes apoiadores do prefeito, portanto, externa. Nela a avaliação ruim subiu mais dois pontos, chegando aos impressionantes 89% de rejeição.
No final de seu primeiro ano do atual mandato, há exato um ano, Lermen encomendou outro levantamento. O resultado foi ruim, mas nada comparado aos números atuais. Em relação a mais recente pesquisa, constou outro dado interessante: a avaliação pessoal do prefeito é pior do que a de seu governo. A de sua gestão chega próxima a 70% (67% em números precisos), enquanto a do prefeito se posiciona bem acima. Ou seja, a população credita unicamente e exclusivamente ao mandatário municipal o estado de abandono e paralisia que Parauapebas atravessa. E não como antes, em que havia a narrativa de que o gestor era bem intencionado e de grande habilidade política, porém seus auxiliares diretos não ajudavam. Hoje o entendimento inverteu, e tudo de ruim é atribuído ao mandatário municipal.
A sociedade de forma geral começou a perceber que o município de Parauapebas completará dentro de alguns meses, 31 anos de emancipação política. Nesse período o atual prefeito esteve na cadeira por 10 anos, ou seja, quase 1/3 do tempo total. E o blog volta a indagar: qual o legado? Em uma década o que foi deixado de marca pelo atual gestor? Qual contribuição ao futuro econômico cada vez mais incerto, Lermen deixará?
No plano político Darci sempre teve e mantém a mesma tática: de aniquilar lideranças para que ele não tenha concorrentes e se mantenha como um agente político forte. Não, por acaso, governou por dois mandatos, debandou do município, e de terras baianas voltou para ser o “salvador da pátria”, o agente da oportunidade em Parauapebas.
Restam ainda dois anos de mandato, o prefeito terá tempo ou de forma prepotente pensa que nesse período mudará os rumos de Parauapebas? Conseguirá imprimir um ritmo de obras e projetos que possam efetivamente desenvolver o município? Ou estará planejando um conjunto de realizações que possam acalmar os críticos, melhorar a sua avaliação, e lhe garantir o quarto mandato, sem que tenha deixado um legado, a sua marca a esse penoso município? E para a desgraça de uma das municipalidades mais ricas do país, não há posição que, talvez possa ameaçar a continuidade da já chamada Dinastia Lermen. Triste sina essa reservada a Parauapebas.