Implosão da “República de Ananindeua”

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O termo “implosão” nada mais é do que uma explosão interna. Tal referência tornou-se bem usual quando se trata do tabuleiro político-eleitoral de Ananindeua. Nuvens negras, pesadas, pairam sob o segundo mais populoso município paraense, por conta do momento de grande tensão produzida pelos recentes acontecimentos na esfera política, a partir da construção de uma incerteza sobre a possibilidade do atual prefeito Daniel Santos não disputar à reeleição, por conta de impedimento legal partidário, ou seja, o PSB, partido que o mesmo está filiado, decidir por outro nome.

Informações que chegam ao Blog do Branco dão conta da pressão vivida pelo atual mandatário é enorme. Primeiro pelo rompimento político o com o governador Helder Barbalho (MDB), ocasionando enorme embate político, dividindo, por exemplo, apoios dos agentes públicos de Ananindeua, que até então estavam sob controle do prefeito.

A questão agora (após ruptura entre Helder e Daniel) gira em torno da filiação do mandatário municipal em questão, pois o PSB, partido que, no Pará, é controlado por Cássio Andrade, aliado de Helder. Daniel conseguiu tal feito pelas costuras feitas em Brasília, via Executiva nacional, contornando, portanto, as amarras estaduais, tendo a garantia de ter um partido para concorrer em outubro.

Como se não bastasse os fatos citados acima, Dr. Daniel acompanha o “esfarelamento” de seu grupo político, conhecido como “República de Ananindeua”, que além de sua liderança, conta como expoentes o ex-prefeito Manoel Pioneiro e o deputado estadual Erick Monteiro, ambos do PSDB.

Informações de bastidores que chegaram ao Blog do Branco, apontam que há um conflito em torno de quem será o seu vice de Daniel. A disputa gira em torno dos dois nomes citados. Pioneiro quer ser vice, assim como Erick, que neste caso, indicaria a esposa para o cargo. O deputado estadual que subiu o tom contra o governador nesta semana, deixando claro que agora são adversários, e por isso, quer mais, digamos, reconhecimento, por parte de Santos. A postura de Monteiro é resultado também do “naufrágio” de sua pretensão de ser o próximo prefeito de Capitão-Poço, ainda mais depois do apoio do governo aos Belo.

Pioneiro também cobra ser vice. Quer reconhecimento do apoio que deu a Daniel, quando este era vereador. O conflito está posto e demonstra que a rigidez política de outrora, deixou de existir na “República de Ananindeua”, que agora começa a desmoronar. A conferir.

Imagem: reprodução

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