O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para discutir a próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa visa pavimentar a aprovação do futuro ministro na Casa, dada a influência de Alcolumbre entre os senadores e a recente atuação do presidente da CCJ em sabatinas. O diálogo antecede o anúncio oficial do nome e busca evitar impasses no processo de aprovação.
A articulação política se mostra crucial, especialmente após a sabatina de Flávio Dino, que enfrentou resistência na CCJ e no Plenário, com Alcolumbre sendo um dos principais articuladores do processo. A decisão de Lula de consultar os líderes do Senado indica uma estratégia para mitigar possíveis atritos e garantir uma transição mais suave para o novo membro da Corte. A expectativa é que a conversa refine a escolha e alinhe as expectativas políticas antes da divulgação.
A vaga em questão surge com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, e o governo busca tanto um perfil técnico quanto um que possua trânsito político para assegurar a governabilidade no judiciário. A reunião com Pacheco e Alcolumbre é vista como um passo estratégico para selar um compromisso tácito, garantindo que o nome a ser indicado tenha o apoio necessário para atravessar o crivo do Senado sem grandes percalços. A indicação ao STF é um dos atos mais relevantes de um presidente, capaz de moldar o futuro jurídico e político do país por décadas, o que justifica a cautela e a negociação prévia.
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