Conforme adiantado pelo blog, o jornal Diário do Pará voltou ao ataque direto ao pré-candidato ao governo do Pará, Márcio Miranda (DEM), principal adversário do ex-ministro Helder Barbalho. Desta vez, a matéria não foi manchete de capa como se pensava e vinha se fazendo. A edição deste domingo (01) colocou em sua chamada máxima a questão dos índices de desenvolvimento do Pará, especialmente a sua capital, Belém.
Em espaço menor, mas com chamada na capa, o jornal retomou os ataques ao seu alvo principal: Márcio Miranda. A reportagem questionou o não uso de quase R$ 11 milhões que seriam destinados para a construção da nova sede do Poder Legislativo do Pará. Mauro Neto que assina a matéria, afirmou que Miranda não sabe gerir recursos públicos, pois segundo ele, não foi colocado nenhum “prego” na obra. Para consolidar o objetivo da matéria, o jornal esteve na sede da Alepa e postou fotos de alguns locais internos comprovando a deterioração daquele espaço público.
O atual prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), ao deixar a presidência da Alepa, em 2012 para disputar a prefeitura do referido município, deixou reservado R$ 10 milhões para a construção da nova sede. O jornal acusa Miranda de não ter feito a obra e ainda não ter explicado o uso do recurso. E que não se vê na atual sede a tão propagada reforma.
O jornal Diário do Pará (conforme adiantado pelo blog desde o ano passado) será o principal instrumento de ataque a Márcio Miranda, que deverá constar em todas as capas dominicais do referido periódico. A linha editorial irá em duas direções (como fez na edição deste último domingo): Márcio Miranda e sua gestão como presidente da Alepa; e as mazelas sociais que o Pará continua ostentando, mesmo após 20 anos de governos do PSDB, 16 deles de forma ininterrupta. A estrategia é desgastar ao máximo a gestão tucana, relacionando-a a Márcio Miranda, que sofrerá ataques sistemáticos em relação à sua gestão no comando do Poder Legislativo.
Por outro lado, diferente de disputas eleitorais anteriores, o autofagismo dos dois maiores grupos de comunicação do Pará: RBA e ORM, passou por alterações. Os Barbalho continuam a usar o seu império midialístico a seu favor; porém as Organizações Rômulo Maiorana, desde o ano passado deixou de ser presidida por “Rominho”, inimigo declarado dos Barbalhos e que tratava a questão como pessoal, convergindo todos os veículos de comunicação que controlava a produzir duros ataques a Jader e Helder.
Romulo foi destituído da presidência. Ronaldo e Rosângela assumiram e logo trataram de mudar o perfil do grupo, sobretudo na abordagem jornalística sobre política e aos adversários. As ORM deixaram de fazer a defesa consistente do governo de Simão Jatene e se aproximaram dos Barbalho.
Essa será a grande novidade desta eleição. Márcio Miranda sofrerá duros ataques e não terá a costumeira réplica defensiva dos Maiorana, assim como os ataques vindos das ORM aos Barbalho claramente serão em menor volume, ou raros, caso ocorram.
Enquanto isso, Miranda seguirá sendo o alvo e sem o escudo ou contragolpe que os tucanos e aliados acostumaram-se a ter.