Enfim, mais um imbróglio referente ao processo eleitoral parece ter se encerrado. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin anunciou que se filiará ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) até o fim do mês corrente. O ex-tucano estava na dúvida entre a legenda citada e o Partido Social Democrático (PSD), dirigido por Gilberto Kassab. O martelo foi batido em uma reunião promovida em um hotel na capital paulista, selando a filiação de Alckmin ao partido.
Como é sabido pelos quatro cantos do país, Alckmin foi convidado pelo ex-presidente Lula (PT) para ser seu vice na chapa pela disputa presidencial. O petista não pensa em outro nome que não seja o de Geraldo, independente da legenda que o mandatário paulista fosse se filiar. Tornou-se o vice perfeito. Neste caso não é o PSB levando Alckmin a Lula, e sim o ex-tucano levando o seu futuro partido para o balaio petista. Na relação entre PT e PSB ainda há divergências nos estados. São Paulo é, talvez, o maior exemplo. Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) disputam a vaga pelo Palácio dos Bandeirantes. Não há um consenso entre ambos. PT não aceita abrir mão da candidatura, o PSB também não, e condiciona apoiar Lula se houver a renúncia petista ao Palácio dos Bandeirantes.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, não está fazendo nenhuma questão de ceder aos petistas. Afirmou recentemente: “O que eu disse para o PT? O PT tem que escolher o que ele quer. A Presidência da República? Ótimo, e nós podemos até apoiar, não há problema. Agora, nós precisamos ter, conquistar nossos espaços de poder, espaços significativos”.
Siqueira está fazendo claramente uma cobrança no sentido dos apoios nos estados onde o PSB terá candidato ao governo. Sobre essa questão configura o maior problema, concentrado hoje principalmente em São Paulo e no Rio Grande do Sul. O presidente citou que colocou aos petistas: “as questões dos nossos pré-candidatos a governador e estabelecemos, inclusive, as prioridades”. Elas seriam as campanhas estaduais em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Rio de Janeiro. Como equacionar essa questão?
Alckmin é um nome de peso na política nacional. Ele mesmo garantiu que a sua ida ao PSB, por consequência, encaminhará mais dez nomes ao seu novo partido. Vale lembrar que a reunião de Alckmin com o PSB ocorreu dois antes de encontro entre dirigentes do PSB, PT, PCdoB e PV para discutir a formação de uma federação partidária entre eles, que está marcada para esta quarta-feira (9), em Brasília.