Na guerra dos números pelo governo do Pará, o Doxa acertou novamente e a eleição será decida em segundo turno

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Desde o início da campanha eleitoral, dois institutos de pesquisa polarizaram a divulgação dos números da disputa pelo governo do Pará em seu primeiro turno; com embate estatístico entre o Doxa e o Ibope, ambos em direções diferentes. O Doxa em todas as suas pesquisas apontou o segundo turno; já o Ibope em suas duas últimas divulgações sinalizou a vitória de Helder Barbalho, em primeiro turno.

Com o fim da apuração é os dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o segundo turno para o governo do Pará está confirmado. O candidato do MDB, Helder Barbalho obteve 47,7% dos votos válidos e disputará o segundo turno com o candidato do DEM, Márcio Miranda que atingiu 30,1%. Em comparação com a última eleição, o ex-ministro de Temer regrediu em seu volume total de votos válidos, haja vista, que atingiu naquele ano 49,02%. A questão está na diferença entre o volume de votos dos dois candidatos que agora estão no segundo turno.

Em 2014, Helder e Jatene encerraram o primeiro turno com uma diferença de 1,4% favorável ao Barbalho. Nesta, a diferença ultrapassa os 17%. Mas segundo turno é uma nova eleição. Além da vantagem numérica que o candidato do MDB possui, ele deverá contar com o apoio do PT, e de grande parte da massa eleitoral obtida por Paulo Rocha, algo em torno de 646 mil votos.

Conforme adiantado em diversos textos, as análises preliminares mostram o que o blog vem apresentando desde 2017: Helder Barbalho venceu com boa margem de votos na Região Metropolitana de Belém; por outro lado, perdeu grande massa de votos em outros colégios eleitorais, que antes, em 2014, o projetaram para a vitória apertada no primeiro turno. O candidato do MDB esperava vencer em já neste domingo; para isso, como parte de sua estratégia eleitoral, fincou posição nos arredores da capital do Pará. Só não contava com o crescimento de Márcio Miranda nas regiões sul e sudeste do Pará.

O clima no clã dos Barbalho era de derrota. Esperava-se que a vitória viesse agora. Mesmo em um cenário mais favorável (menor rejeição e grande crescimento na RMB) e diferença considerável (17%), o “fantasma de 2014” ainda provoca calafrios. Agora é reorganizar os trabalhos, as estratégias e iniciar uma nova disputa eleitoral e disfarçar o clima de velório. Os tucanos respiraram mais um pouco, conseguiram, a priori manter a disputa viva, além disso, o Doxa acertou novamente, e de quebra desmoralizou o Ibope. No segundo turno, todos de olho nos números da Doxa.

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