Não às fake news

No histórico de postagens deste Blog, há diversos artigos de opinião sobre a divulgação de notícias falsas, as chamadas “fake news”. Não é de hoje que se alerta para a questão. A rede mundial de computadores e suas diversas plataformas sociais estão chegando à patamares insuportáveis de ilegalidades, sobretudo, no campo das notícias. As chamadas “fake news” estão a cada dia se volumando, criando um perigoso paralelo com o que é falso, e com o que é – de fato – verídico.

São notícias sem fundamento de todas as ordens, de todos os tipos. Acusam, derrubam imagens, índoles, reputações, mancham histórias, matam, ferem… Sem nenhum pudor, ou minimamente responsabilidade. Além dos que produzem esse tipo de material “informativo”, ainda têm os que o propagam, ou seja, espalham no varejo, sem antes, pelo menos, ler ou verificar a fonte. Tornam-se coautores desses irresponsáveis atos. E, assim, em minutos, uma notícia toma grandes proporções (dependendo do seu conteúdo, neste caso, quanto mais polêmico, mais visibilidade).

Sem dúvida, essa selvageria dialética está fomentando cada vez mais à intolerância, o revanchismo entre pessoas. As plataformas virtuais tornaram-se arenas modernas, em que o lema é atacar, “derrubar o inimigo”, a todo o custo. Está se institucionalizando a inverdade, como algo verdadeiro.

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, essa frase é de Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação. Desde 2013, quando se criou a sensação de tensão e caos no país, a propagação de informações falsas só aumenta, o que piora mais o nível de tensão e nutri o sentimento revanchista e intolerante de milhões de pessoas.

Campanha Eleitoral em Parauapebas

Pois bem, a disputa eleitoral em Parauapebas, caminha para o seu final, rodeada de acontecimentos mal explicados e vinculação de notícias sem o mínimo fundamento. A campanha do prefeito Darci Lermen, que disputa à reeleição, vem sendo alvo sistematicamente de seus opositores, que produzem a esmo notícias falsas. A mais recente e também a mais vergonhosa, foi a produção de um vídeo em que tenta veicular a imagem do atual mandatário parauapebense a ligações com procedimentos macabros ou seitas satânicas.

A repercussão foi tão negativa, que o prefeito Darci Lermen recebeu milhares de manifestações de solidariedade e apoio de diversos segmentos sociais, inclusive de agentes políticos da oposição, estes com bom senso. Quem promove tal ato não merece votos; não é com ilicitudes que se ganha eleição, ou, pelo menos, não se deveria. Não, não vale tudo para chegar ao poder.

A disputa eleitoral precisa ocorrer dentro do campo das ideias. Debater projetos, ações. As críticas precisam ser feitas, mas que sejam sustentadas em fatos, evidências reais. Esse vale tudo, essa falta de respeito, ataque à honra das pessoas, é lamentável. Quem perde é a cidade, pois tem em seu processo eleitoral, a renúncia da possibilidade do debate, de projetos, e se fomenta a proliferação de noticias falsas.

A internet tornou-se um reduto paralelo da informação. As redes sociais impulsionaram de forma sistemática tal situação. Como se ameniza esse cenário paralelo de mentiras? Com educação, bom senso, dignidade e respeito. Não se faz necessário mentir ou inventar algo para atacar alguém ou fazer oposição a um governo, grupo, a uma pessoa. Basta propagar verdades. Não divulgar uma notícia falsa ou que não tem fundamento, sem origem de produção, já seria um bom começo, uma boa ajuda.

Se faz necessário, no mínimo, que se apure uma notícia ou fato, antes de espalhá-los por aí. É um exercício simples de cidadania. Portanto, sempre precisamos cobrar: qual a fonte?

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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