No compasso de Darci II

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Chegamos ao último dia do ano, e com ele a indefinição oficial de quem será o candidato que terá o apoio do prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, do MDB. Na verdade, nos bastidores se tem o nome do escolhido, todavia, o mandatário municipal em questão, preferiu segurar o anúncio, que seria feito antes do recesso de fim de ano (uma nova data depois de outra que foi anteriormente anunciada).

O presidente da Câmara Municipal, Rafael Ribeiro, do MDB, é o favorito para ser o ungido por Lermen. Então, por que tal anúncio oficial não foi feito? A forma de como Darci Lermen faz gestão pode ser questionada, mas a sua experiência política e a forma de como organiza um processo eleitoral, não. Inquestionavelmente, tornou-se um político habilidoso.

O fato de ter recuado o anúncio tem método. Primeiro, ao não tornar público o seu candidato, Darci mantém os holofotes em torno de si, o que lhe permite controlar o tabuleiro, ditar o compasso do ritmo político da capital do minério. Segundo, há uma tese de que o não anúncio é, na verdade, uma estratégia de preservar o nome de ataques, digamos, cedo da oposição. A revelação antes da virada de ano ocasionaria uma elevação de diversos custos: eleitoral, material, humano, político e financeiro. Além disso, em termos práticos, poderia criar uma gestão paralela, pois o escolhido teria que adiantar o processo de negociações, assumindo antecipadamente diversos compromissos políticos e eleitorais, deslocando deste processo o prefeito Darci Lermen.

O próprio mandatário sempre afirmou aos mais próximos: “político sem mandato, nem vento bate nas costas”. Essa frase por si só resume a forma de como Lermen conduzirá a questão de sua sucessão. Alguns afirmam que a nova data do anúncio será até o final do mês de fevereiro; outros apostam que o “martelo” só será batido em junho do próximo ano, esticando ao máximo, praticamente no período de convenções partidárias.

Pelos bastidores corre a informação de que Darci ainda não fez o tão esperado anúncio por conta da falta de entendimento entre os quatro principais pré-candidatos de sua base. Melhor dizendo, um deles, que não aceita a decisão de apoio do mandatário.

Inclusive, há um direcionamento para que, caso não seja o escolhido, se lance de forma independente, formando, portanto, uma “terceira via”, uma segunda candidatura da base do governo, mas sem o apoio da máquina municipal.

Como dito no título deste artigo: “No compasso de Darci”, ou seja, só resta esperar para que o mandatário em questão faça – ao seu tempo – o anúncio de sua sucessão. Vale lembrar que a oposição, representada pelo vereador Aurélio Goiano, lidera todo e qualquer levantamento feito até aqui.

Darci Lermen sabe melhor do que ninguém que o governo precisa caminhar junto. Dividir votos não é o melhor caminho. Seu futuro político passa por essa escolha.

Imagem: fotomontagem. 

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