O que será do Twitter?

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O Twitter uma rede social e um serviço de microblog, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 280 caracteres, conhecidos como “tweets”). Criado em Março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams, Biz Stone e Noah Glass e foi lançado em Julho de 2006 nos EUA. Atualmente, a rede social conta com 436 milhões de usuários registrados, sendo a nona maior do mundo. No Brasil, o Twitter aparece em sétimo em número de acessos, com 17 milhões de contas.

Particularmente, fiz a minha estreia na citada rede social só em 2011, por influência de um amigo. Naquele ano, o Twitter era um sucesso, ainda restrito ao uso pelos famosos. Rapidamente se popularizou, em especial nos grandes centros. Nasceu com a proposta de ser um diário on line, espaço para as pessoas descreverem em poucos caracteres o que estavam fazendo, mas logo se tornou uma rede de posicionamento. As pessoas se sentem, até hoje, na obrigação de se posicionar sobre os mais variados assuntos (inclusive este que vos escreve). Isso cobra o seu preço, por exemplo, uma alta carga de conflitos, sobretudo políticos.

Ontem, 25, Elon Reeve Musk, CEO da Tesla Motors e da SpaceX, considerado pela Revista Fobes o homem mais rico do mundo, comprou integralmente – depois de ter adquirido anteriormente 9,2% do controle acionário – a citada rede social. Em mais uma investida, o quase trilionário ofereceu a oferta de pagar US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões), o que foi aceito pelo Conselho de acionistas da empresa.

Agora o processo continuará transcorrendo, seguindo os trâmites legais, devendo ser concluído nos próximos meses. A questão é: por qual motivo Musk resolveu comprar o Twitter? Sob seu total domínio, o que mudará na rede social?

O Twitter é acusado de ser abrigo para discursos progressistas, dando pouco espaço ao campo da Direita, dos que defendem ideias conservadoras. O que em tese, não faz sentido. Musk é um grande “twitteiro”, e prega maior liberdade no microblog. Disse recentemente: “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento e o Twitter é a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”. Ao adquirir a rede social, defendeu: “Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando bots de spam e autenticando todos os humanos”

Fazendo sentido ou não, ontem, 25, ao se anunciar a compra do Twitter por Musk, muitos bolsonaristas comemoraram a aquisição. Esperam que a rede social em destaque se torne mais liberal. O receio é que o microblog seja dominado por esse publico, que use o espaço para propagar fake news.

Porém, há um detalhe. Apesar de 44 bilhões de dólares ser muito dinheiro, para Musk que tem a sua fortuna beirando um trilhão de dólares, não é tanto assim, todavia, ninguém – nem mesmo o homem mais rico do planeta – rasga dinheiro. Portanto, não tomará decisões que possam fazer com que o seu mais novo produto perca espaço ou seja taxado como uma rede social que promova ilegalidades. A ver.

Imagem: REUTERS.

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