O risco exógeno

Enquanto transcorre a campanha eleitoral em Parauapebas, fatos começam a vir à tona e merecem atenção. Em mais uma incursão em rede social, o vice-presidente do PRTB de Parauapebas, Gilson Fernandes, afirmou que existe um plano – costurado em Brasília – entre os deputados federais Otoni de Paula (PSC-RJ) e Éder Mauro (PSD-PA), que inclui o candidato a prefeito em Parauapebas, Júlio César (PRTB).

Segundo Fernandes, o objetivo traçado em um dos quadrantes do plano piloto da capital federal, consistia em ter três candidaturas a prefeito, usando a imagem e influência do presidente Jair Bolsonaro. Otoni pelo Rio de Janeiro, Mauro por Belém e César por Parauapebas. Na sequência, com o desenrolar dos fatos políticos, o plano deu errado em parte, pois os dois parlamentares não conseguiram se viabilizar como candidatos. Restou, por tanto, Júlio César.

Tal narrativa apresentada em um programa local de entrevista, faz sentido quando se analisa alguns fatos. Exatamente os dois parlamentares citados por Fernandes, são os que estão na articulação política do processo que envolve o caso (suposto atentado, sob investigação). Foram eles que deram vazão a narrativa sobre atentado político.

Parece ser indisfarçável o interesse de ambos os parlamentares citados na Prefeitura de Parauapebas. Esqueceram os seus redutos eleitorais e acamparam aqui, dando apoio ao candidato do PRTB. Foram bastante apressados em afirmar (sem nenhuma base científica, além de se sustentar versões desencontradas) que Júlio César sofreu um atentado de cunho político, com clara intenção de tirá-lo da disputa eleitoral.

A pergunta que fica novamente (feita em postagem anterior sobre o tema e agora refeita) é: a quem ou a qual candidato interessaria promover tal ato? Quem usaria uma estratégia dessa, que acaba, na prática, por promover uma candidatura que não tinha expressão? Portanto, é muito improvável que o fato esteja relacionado à disputa eleitoral.

Como já dito, cabe à Polícia Civil do Pará, elucidar o caso, cercado de inconsistências. Não se pode permitir que um fato ainda totalmente indefinido, tenha uma versão “oficial” só para atender interesses políticos de quem quer que seja, e que isso seja usado como mola propulsora de candidatura.

Sendo assim, com os fatos apresentados pelo cidadão Gilson Fernandes, somado ao que se observam nas ações e fatos, o candidato do PRTB seria um instrumento para que forças políticas de fora, exerçam dominação política em Parauapebas? Correremos esse risco? Entregaremos o cofre a um grupo fora?

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