O vice de Helder. Parte II

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De volta ao tema que promete ser a incógnita mais relevante do processo eleitoral em 2022, no Pará. Quem será o candidato a vice-governador na chapa de Helder Barbalho (MDB), que disputará a reeleição? Essa pauta vem tomando cada vez mais importância por conta da proximidade do processo eleitoral, além das etapas legais que sucedem a disputa em si.

Por que o fato é relevante? O futuro político paraense no que se refere ao Poder Executivo está claro. Helder se reeleito, deixará o cargo em 2026, possivelmente em abril do citado ano, para concorrer ao Senado Federal, na vaga de seu pai, Jader Barbalho (MDB), que tende a deixar a vida pública após o fim de seu mandato, em dezembro daquele ano. Portanto, Helder quer ser Senador pelo Pará. Ficará quatro anos e voltará a concorrer ao Executivo paraense, ou fará dois mandatos na Câmara Alta? O contexto futuro dirá.

O que é fato hoje é o monitoramento que Helder vem fazendo de sua avaliação. A essa altura do campeonato, as pesquisas internas encomendadas pelo governo estadual tem como objetivo medir a temperatura de sua gestão perante a sociedade paraense. Barbalho sabe que só um fato “fora da curva” lhe tira a reeleição. Mas, mesmo assim, ele quer garantias de sustentação política para que possa, talvez, colocar em prática um plano: chapa pura, formada apenas pelo MDB. Se isso ocorrer, quem poderia ser o nome para ser vice-governador? Francisco Mello, o “Chicão”, atual presidente da Assembleia Legislativa (Alepa), homem de confiança do governador.

Todavia, tal caminho, poderá gerar grande insatisfação em partidos da base governista. Por isso, a avaliação de Helder precisa configurar em parâmetros altos, com a possibilidade de vitória em primeiro turno para que uma chapa só do MDB, possa valer. Assim, Helder deixará alguém de confiança em seu lugar e voará tranquilamente para Brasília, sabendo que poderá voltar sem maiores obstáculos.

Caso a chapa seja formada por um nome de um partido de fora, o governador tende a fazer a escolha de alguém de fora da Região Metropolitana de Belém, diferente da tática que adotou na última eleição, quando definiu Lúcio Vale como o seu vice – uma espécie de salvo-conduto político nos arredores da capital, reduto até então do PSDB, e que definiu a derrota de Helder, em 2014.

Ao fim de 2018, o nome que se apresentava como o sucessor natural de Helder, atendia pelo nome de Daniel Santos (MDB), que havia sido eleito deputado estadual, com votação recorde. Em acordo, foi alçado à Presidência do parlamento estadual, para ser candidato dois anos depois, em 2020, a prefeito de Ananindeua. Barbalho seguia o seu plano político, todavia, esse planejamento foi quebrado. Segundo apurado pelo Blog do Branco, a relação entre ambos está distante. Movimentos políticos de Santos, em descompasso com as pretensões do mandatário estadual, fizeram o mudar os planos.

Se o escolhido não for de “casa”, a opção por uma liderança regional tende a ser a decisão perfeita. Atende ao discurso de integração regional, um dos motes de campanha do atual governador e, de quebra, freia o ímpeto separatista que ainda ferve em algumas áreas do território paraense. Nesta seara há alguns nomes. Eles serão tratados nas próximas edições deste tema.

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