Pará é o primeiro por saldo no ranking nacional de exportação

No resultado consolidado de 2021, o Pará conseguiu manter sua posição como um dos maiores exportadores do País. De acordo com dados do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA), o Pará foi o 4º estado que mais exportou no período, fechando o ano com um total de US$ 29.177.042.443 bilhões em exportações, sendo o primeiro lugar no ranking nacional por saldo, com US$ 27.634.058.168 bilhões e variação positiva de 41,56%, à frente de Estados como Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro.

Respondendo por quase 93% das exportações do Estado, a mineração fechou o ano com US$ 27.069.358.308 bilhões em produtos exportados, principalmente para a China. Em minério de ferro bruto, o Pará exportou mais US$ 21.765 bilhões, registrando um crescimento de 55,82%, seguido do minério de cobre que negociou no mercado internacional cerca de US$ 2.516 bilhões, da alumina calcinada que bateu US$ 1.242 bilhões no período, e do alumínio que alcançou US$ 347.817.832 milhões.

Além da mineração, outros produtos que fecharam em alta em 2021 foram a soja, que exportou quase 2 mil toneladas (1.960.309 t) principalmente para a China, com um total de US$ 811.293.781 milhões em negócios e variação positiva de 6,83%; a carne bovina que manteve o bom resultado que vinha apresentando durante o segundo semestre do ano, com US$ 446.829.858 milhões exportados e variação positiva de 2,46%; e os sucos de fruta que também obtiveram resultado positivo em 2021, com a exportação de US$ 62.190.457 milhões e alta de quase 56% em relação ao ano anterior.

A madeira, atividade importante para a balança do Estado, no consolidado anual fechou em queda de -5,80%, com valor exportado de US$ 199.332.485 milhões. Segundo Deryck Martins, presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (CTMA/FIEPA) e diretor técnico da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex), as exportações de madeira foram impactadas por uma crise ocorrida no segundo semestre de 2021. “Em um único mês, as exportações de madeira sofreram uma queda de 60% por conta de uma decisão judicial de um ministro do STF que voltou a exigir das empresas a apresentação de uma autorização de exportação e como o Ibama não tinha como atender a demanda, isso acabou prejudicando o setor”, explica Martins.

Segundo Cassandra Lobato, coordenadora do CIN/FIEPA, mesmo diante das limitações provocadas pela pandemia, os resultados positivos conseguidos pelo Pará em 2021 refletem o esforço das empresas em garantir um bom relacionamento comercial com compradores internacionais. “O avanço da vacinação e a criação de linhas de crédito empresarial emergencial, pelas esferas estadual e federal, foram importantes para a retomada da economia o que também impactou de forma muito positiva as nossas exportações e deu às nossas empresas a possibilidade de manter a produção e garantir os acordos comerciais”, explicou Cassandra.

Segundo a coordenadora do CIN/FIEPA, as expectativas para 2022 são positivas. Entretanto, a pandemia e as eleições presidenciais que ocorrerão no final do ano no país poderão tornar o capital estrangeiro cauteloso. “O surgimento de novas variantes tem mantido o clima de incertezas e deixado o mundo todo em alerta, mas acredito que como nossas commodities já têm seus contratos acertados com antecedência, o impacto seja amenizado, o que não significa que o estado não vá sentir esses reflexos. Então, nesse sentido, a gente precisa continuar trabalhando para garantir um ambiente de negócios que atraia investimentos para o nosso estado, precisamos também buscar cada vez mais a diversificação da pauta de exportações paraense, ampliando a cadeia de produtos com um maior valor agregado”, explica Lobato.

O presidente da FIEPA, José Conrado Santos, afirma que a questão tributária também exerce grande influência na capacidade das empresas de manterem seus negócios viáveis nesse cenário de crise que se prolonga. “A complexidade do sistema tributário e a pesada carga que recai sobre as indústrias no nosso país tornam quase inviável a manutenção dos negócios, retirando das pequenas e médias indústrias, principalmente, a capacidade de competir no mercado internacional. Por isso é que nós, do Sistema Indústria, temos trabalhado pela aprovação de uma reforma que consiga modernizar e tornar o sistema tributário mais simples, transparente e menos burocrático, para que as empresas se tornem mais competitivas, com fôlego para novos investimentos, aumentando a produção e trazendo mais emprego, renda e desenvolvimento para o nosso Estado”, pondera o presidente da FIEPA.

Fonte: FIEPA (Adaptado pelo Blog do Branco).

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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