Parauapebas: vereadores cobram da prefeitura soluções para demandas

COMPARTILHE:

Na sessão ordinária de hoje (23), os vereadores iniciaram os trabalhos parlamentares manifestando apoio aos servidores que foram desligados do serviço público municipal na sexta-feira (19), devido a decisão proferida pelo juiz Lauro Fontes Júnior, que determinou a rescisão de 2.572 funcionários contratados pela prefeitura de Parauapebas. Esta pauta ocupou a maior parte dos debates e os vereadores demonstraram preocupação com a quantidade de demissões.

Na ocasião, o vereador Anderson Moratorio (PDT) se pronunciou na tribuna alegando que é necessário que os governantes tenham compromisso com as políticas públicas, porque as decisões dos gestores definem os rumos do município.

“Nosso município passa por um momento difícil e mais do que nunca temos que ter uma boa gestão dos recursos da cidade. Ontem, a mineradora Vale teve uma grande perda econômica, o que demonstra que a arrecadação pode cair. Justamente por isso, precisamos de gestão de qualidade”, alegou Anderson Moratorio.

O parlamentar ainda revelou que percebe que muitos parecem viver em um mundo paralelo. “Tenho a impressão de que muitos não se dão conta da situação que o município está passando e nós precisamos de quem trabalhe e cuide de melhorar a realidade do nosso povo. Precisamos de um plano de cargos e carreira que corrija as distorções que temos, que privilegia determinados grupos. Pois, se continuarmos dessa forma, a arrecadação do município não vai aguentar. Precisamos cortar na carne, cobrar que os secretários façam seu trabalho e parem de fazer politicagem”, assegurou o vereador Anderson Moratório.

O vereador Israel Miquinha (PT) também utilizou a tribuna e começou seu discurso explicando estar decepcionado com a situação que o município se encontra. “Dói em mim saber que Parauapebas vai virar uma bagunça com essas demissões em massa. Só nessa primeira etapa foram 2500 demissões e na segunda etapa estão previstas mais três mil demissões. Ou seja, pais de família sem renda e centenas de pessoas passando dificuldades. Eu quero ser solidário a essa situação e não vou questionar a lei e nem o judiciário, porque se chegou a esse ponto nós também somos culpados”, afirmou o vereador Miquinha.

Para ele, com as demissões, a situação do município é de miséria e de necessidade. “O quadro é mais sério do que imaginamos. Portanto, temos que nos reunir com o Poder Executivo para verificar como os demitidos vão ficar, já que estão cortando os pais de família, mas os grandões que estão arrebentando essa cidade continuam no governo. Eu posso assegurar que o meu mandato não é do governo, mas da população de Parauapebas, por isso vou trabalhar para tirar Parauapebas dessa situação”, destacou Miquinha.

Por sua vez, o vereador Joel do Sindicato afirmou que a parte que compete a ele, enquanto legislador, será feita. “Temos problemas terríveis na educação e na saúde e não podemos permanecer nessa situação. É hora de trabalhar pelo povo, correr atrás do prejuízo e reverter a situação do município. A Câmara não tem gestão sobre as decisões do governo municipal, mas é muito importante que o legislativo acompanhe as decisões do Executivo”, se posicionou o vereador Joel do Sindicato.

O presidente da Casa Legislativa, vereador Rafael Ribeiro (MDB), contou que o apoio que a população precisa é a garantia de alternativas capazes de gerar trabalho e emprego para a comunidade.

Por fim, os vereadores ressaltaram que vão acompanhar de perto as decisões do governo, inclusive o Projeto de Lei nº 108/2023, enviado à Câmara na manhã desta terça-feira, que altera quantitativo de vagas e níveis, cria e extingue cargos públicos, previstos na Lei Ordinária nº 4.230/2002 e altera a Lei nº 4.231/2002, bem como a comissão temporária criada para acompanhar a Secretária Municipal de Saúde nesse momento de transição após a exoneração do secretário da pasta, Gilberto Laranjeiras.

Texto: Josiane Quintino – Ascom – CMP (adaptado pelo Blog do Branco).

Imagem: reprodução Internet. 

O blog no X