Uma das interrogações mais recorrentes na disputa eleitoral em Parauapebas é saber quem dos 15 vereadores se manterá no poder, com a sua cadeira na Casa de Leis do município pelos próximos quatro anos? Todos os parlamentares são candidatos à reeleição.
Não há dúvida que a atual legislatura que está se encerrando é considerada por muitos com uma das piores, senão a pior da recente história política de Parauapebas. A Casa de Leis na atual legislatura foi o centro de diversas ações da Justiça, operações que afastaram de seus mandatos 1/3 dos parlamentares e tornou-se, infelizmente, o retrato da corrupção sistêmica que domina a política brasileira.
No quesito produtividade, a Câmara de Vereadores – na atual legislatura – é mais cobrada. Poucos projetos viraram leis e muitos requerimentos ao poder Executivo, além de total ausência de audiências que visem, de fato, debaterem e proporem saídas para as principais demandas do município. Requerimento pode ser considerado ação produtiva? Talvez sim se os mesmos forem cumpridos e colocados em prática, resolvendo demandas mais localizadas nos diversos bairros da cidade.
Concordo com o professor e escritor Luiz Vieira, quando o mesmo afirma que entre os 15 vereadores, pelo menos seis ou sete parlamentares estarão de volta ao poder legislativo. Acrescento mais, aumento essa conta em – pelo menos – mais dois. Afirmo que nove vereadores que tentam a reeleição, se manterão em suas cadeiras. Essa vitória não seria pelo fato de os mesmos terem trabalhado bem, representado da melhor forma os interesses da sociedade ou ter fiscalizado bem o prefeito. Se manterão em seus mandatos pelo poder econômico que estão atrelados. Muitos vereadores que tentam a reeleição estão na base governista e por isso gozam de benesses poderosas como secretarias municipais, por exemplo.
Apesar dos avanços na fiscalização, ainda ocorrem na disputa eleitoral muitas falhas e ocorrências que fazem com que a disputa seja em determinados momentos desigual. O poder econômico ainda tem papel decisivo e consegue manter no poder muitos que nada fizeram enquanto estiveram lá.
A tão sonhada renovação geral na Câmara de Vereadores não ocorrerá. Em torno de 2/3 das cadeiras manterão os seus donos. Sendo assim, pior para Parauapebas.
