PRESSÃO
O vereador Tito, do MST, deixou recado nada discreto na última sessão ordinária: se os acordos firmados em mesa redonda não forem cumpridos, o MST voltará a ocupar o gabinete do prefeito Aurélio Ramos. O gesto não causa surpresa. Na última ocupação, Tito acabou cedendo à pressão e ficou do lado do grupo que o elegeu. Agora, se o movimento voltar a agir, o parlamentar terá de escolher novamente e o desgaste será inevitável. Ou o vereador se posiciona, ou ficará marcado como “Tito galho em galho”, pulando de lado conforme o vento sopra.
REI DO PEDAÇO
Aos mais atentos está claro que o ex-vereador Miquinha (PT) está com a “bola toda” na gestão do prefeito Aurélio Ramos. Seu cargo de ouvidor municipal – como dito em outra coluna – foi apenas uma forma de fazê-lo entrar na gestão. Todavia, o petista se tornou (tudo isso feito de forma premeditada) o articulador político que, por exemplo, leva o mandatário à capital federal, inclusive, sentando com políticos petistas, algo que o mesmo abominava. Ao menos, a maturidade política enfim prevaleceu. Dizem que Miquinha voltou a “mandar e desmandar” na Palmares. Tudo passa por ele. Estamos de olho…
PSS
O vereador Fred Sansão (PL) levantou um ponto importante: quem irá avaliar os candidatos participantes do Processo Seletivo Simplificado (PSS)? Segundo ele, o processo está cercado de dúvidas. Já o líder do governo, como esperado, defendeu o procedimento com unhas e dentes, alegando normalidade. Mas a desconfiança permanece no ar. Será que vem aí a famosa “puxadinha”? Fica o alerta: estamos de olho em cada movimento para que, depois, nenhum parlamentar venha posar de moralista.
JOGO COMEÇOU: SUPLEMENTAÇÃO REJEITADA
Como esta coluna já havia antecipado, o pedido de suplementação do Poder Executivo chegou à Casa de Leis, e o resultado foi um verdadeiro recado. A proposta foi rejeitada. Por oito votos a favor e três contra, seguindo o regimento interno, seriam necessários nove votos para aprovação. A votação revelou descontentamento dentro da base governista, escancarando que o clima entre Legislativo e Executivo azedou de vez. Teve até parlamentar que saiu de fininho na hora de expor o voto… Para um bom entendedor, meia palavra basta: “Sem diálogo, não tem aprovação”.
PUXAÇÃO DE TAPETE E CARAPUÇAS
O vereador Fred Sansão resolveu usar o ditado popular “se a carapuça serviu, então que se manifeste”, Sem poupar ninguém. Falou sobre o PSS, levantou suspeitas e cutucou quem criticava o processo seletivo anterior, mas agora parece repetir os mesmos erros, ou até piores. O discurso fez o líder de governo se apressar para explicar o inexplicável, e até o presidente da Casa se manifestou, dando a entender que já há um roteiro pronto nos
bastidores. A conferir.
LADEIRA BAIXO
O presidente Anderson Moratório precisa acordar para a realidade. Perto de completar um ano à frente da presidência, pouco ou nada foi feito, nem mesmo aquela velha maquiagem de início de gestão. Talvez ele esteja esperando o orçamento do ano que vem, que será controlado por seu grupo. Fica o alerta: ainda resta um ano de mandato para mostrar trabalho. Fora isso, a diminuição política é evidente. Se tornando menor a cada dia. O recado é direto: “Quem fez, fez.” O próprio prefeito parece levar ao pé da letra.
FORÇANDO A BARRA
As publicações dos aliados de Aurélio Ramos nas redes sociais têm repetido um termo com insistência: “articulador.” Mas, convenhamos, soa mais como tentativa de vender uma imagem que não existe. Quem conhece o cenário político de Parauapebense sabe que o prefeito “ não dialoga, impõe”. Quem discorda, vira inimigo. E se não fossem os deputados aliados, talvez nem prefeito mais fosse. Aos marqueteiros de plantão, vai o conselho da coluna: “Política é a arte de engolir sapo.” Quando o chefe do Executivo entender isso, talvez ele se torne o que os seus aliados desejam.
MAQUINÁRIOS
Se tivesse um contador para registrar qual prefeito paraense mais desembarca em Brasília, com certeza Wagno Godoy, de Itupiranga estaria entre os primeiros. E não é para passear ou ir em congressos que em nada influenciam na melhora da vida dos municípios. No caso de Godoy, em cada estada na Capital Federal, a população itupiranguense ganha muito, como no caso agora de dois maquinários (duas Motoniveladoras).
VICE
Mesmo sem expressão a nível estadual, o PT do Pará, presidido pelo senador cassado Beto Faro, quer o cargo de vice-governador na chapa de Hana Ghassan. O deputado estadual Elias Santiago deixou isso claro em pronunciamento na Alepa. O nome seria do seu colega de parlamento, o marabaense Dirceu Ten Caten. Sonhar – como se diz – não custa nada.
RETORNO
O ex-deputado federal do PT, Zé Geraldo, anunciou que voltará ao cenário político concorrendo nas eleições do próximo ano. Segundo interlocutores, o petista decidiu que concorrerá à Alepa, em que 45 cadeiras estarão em disputa. Cansou de Brasília.
AFASTAMENTO
A Procuradoria-Geral da República defende o afastamento de Dr. Daniel Santos (PSB) do cargo de prefeito de Ananindeua, a segunda maior cidade do Pará. Essa manifestação da PGR ocorreu em um processo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tomará uma decisão nos próximos dias. Também presidente estadual do PSB, o prefeito é suspeito de corrução, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Em troca de contratos com a prefeitura, empresas pagariam bens pessoais adquiridos por ele.



