Rússia vai à guerra

Infelizmente, já que não se pode comemorar uma guerra, por motivos óbvios, inicia mais um confronto bélico no mundo. Nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24), tropas militares russas iniciaram a ofensiva dentro do território ucraniano. O presidente Vladimir Putin fez um discurso à nação, informando que o conflito era inevitável, e que iria invadir a Ucrânia.

Nas primeiras horas desta manhã no Brasil; tarde na área do conflito por conta do fuso horário, os telejornais via seus correspondentes na região, mostravam bombardeios em diversas cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev. Portanto, as tropas russas não ficaram restritas as regiões dominadas por grupos separatistas, que foram inclusive, reconhecidas há três dias como independentes por Moscou.

Putin resolveu mostrar ao mundo o poder bélico russo, o segundo maior. Sabe que não receberá uma ofensiva articulada por diversos países. Mandou avisar para que nenhum país interfira na situação. Como resposta a ofensiva de Moscou, diversos países articulam um plano de embargos e restrições, mas tudo no plano econômico, nada no âmbito militar. O mais duro golpe econômico seria desconectar o sistema bancário da Rússia do sistema de pagamento internacional Swift. Isso, no entanto, poderia impactar negativamente as economias dos EUA e da Europa. A Ucrânia não faz parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), portanto, não há obrigação de defendê-la por nenhum país da Europa Ocidental, assim como os Estados Unidos.

Há batalhas em curso nas regiões sul e leste do país, onde os exércitos de Ucrânia e Rússia já se encontraram. De acordo com o governo ucraniano, 50 soldados russos foram mortos, em Schastya, e quatro tanques foram queimados na estrada para Kharkiv, que é a segunda maior cidade do país. Ambas ficam no leste. Seis caças russos e um helicóptero foram abatidos. Enfim, a guerra começou e contaremos como milhares de mortos e consequências ainda imensuráveis.

Entenda o processo

A Rússia há muito resiste ao movimento da Ucrânia de aproximação das instituições europeias, tanto a Otan quanto a União Europeia. Agora, Putin afirmou que a Ucrânia é uma marionete do Ocidente e nunca foi um Estado adequado. Ele exige garantias de que a Ucrânia não se juntará à Otan, uma aliança militar de 30 países, e para que a Ucrânia se desmilitarize e se torne um Estado neutro.

Como ex-república soviética, a Ucrânia tem profundos laços sociais e culturais com a Rússia, e o idioma russo é amplamente falado lá. Em 2014, a Rússia assumiu o controle do território ucraniano na Crimeia e apoiou as forças separatistas que lutavam nas regiões de Donbas e Luhansk.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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