Ontem, 21, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encerrou o processo que poderia cassar o mandato de senador de Sérgio Moro, do União Brasil. O parlamentar foi inocentado das acusações dos crimes de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação no período da pré-campanha do pleito de 2022. O julgamento terminou com uma decisão unânime, por 7 votos a 0.
Portanto, Moro seguirá em seu mandato que só se encerrará em 2030. A unanimidade do pleno do TSE derrubou a tese de pratica de delitos acima mencionados e que foram impetrados pelo PL e PT, em desfavor ao ex-juiz da Lava Jato.
A decisão salva o mandato de Moro, mas em nada muda o processo avaliativo do qual o mesmo está submetido. Explico. Moro perdeu importância política, todavia, ainda preserva – menos do que antes – de sua fama. É uma celebridade em Brasília. Mas o exercício parlamentar cada vez mais apagado, em breve o colocará entre os parlamentares “comuns”, àqueles de baixa relevância junto à mídia nacional.
Moro se tornou uma agente político híbrido. Explico novamente. É odiado por petistas, por grande parte dos bolsonaristas; e pior: não conseguiu se firmar como sendo uma “terceira via” a esses dois grupos. O que se desenha em seu futuro político é uma desidratação eleitoral gradual, todavia, sequencial. Se tornou um “morto vivo” da política, fruto do que fez enquanto juiz e, concomitantemente, sua migração à seara política.
A ironia do destino, reservou a Moro que elogiasse a decisão do Tribunal por este ter tido postura técnica e imparcial, quesitos estes que faltaram nos julgamentos do citado. A decisão cabe recurso, mas dificilmente o PT e o PL deverão levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Imagem: reprodução Internet